Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 80

Adriana lançou um olhar furtivo para Eunice, que descansava a cabeça com um semblante embriagado, parecendo um pouco alheia ao que acontecia ao seu redor.

Mas, como o diretor e os outros já tinham se dispersado, ela decidiu que esta seria sua última bebida antes de arranjar uma desculpa para sair.

Era a melhor maneira de manter as aparências, até porque ela havia tomado um remédio para evitar a ressaca, então um simples gole não seria problema.

Quando estava prestes a beber, a porta atrás dela se abriu com um rangido.

Jaques entrou com um ar gelado, fazendo a expressão dos três presentes se tornar mais séria.

Um deles tentou agradar: "Sr. Jaques, o que aconteceu com seus lábios? Está tudo bem?"

Jaques tocou levemente sua boca, dando a entender: "Foi uma mordida."

Ao ouvir isso, as bochechas de Adriana coraram intensamente.

Os três homens, achando que fosse um acidente, não deram muita importância e rapidamente apontaram para Eunice, que estava com o queixo apoiado nas mãos, parecendo à deriva.

"Sr. Jaques, a Sra. Amaral parece ter bebido um pouco demais."

Ao ouvir isso, Jaques se aproximou de Eunice.

Ela se inclinou para ele, caindo em seus braços, e murmurou de maneira afetuosa: "Sr. Jaques, estou me sentindo mal. Pode me levar para casa?"

Jaques sentiu o forte cheiro de álcool nela e lançou um olhar impaciente para os três homens.

Eles recuaram um pouco.

Adriana, por outro lado, apertou o copo de bebida em suas mãos, pensando que Eunice, mesmo estando apenas um pouco bêbada, estava recebendo toda aquela atenção, enquanto ela mesma fora forçada a beber bem na frente dele.

Ignorando os três homens, Jaques apoiou Eunice e saiu rapidamente da sala privativa.

Com a saída dele, Adriana sentiu imediatamente que os olhares dos três haviam mudado, e uma sensação incômoda se apoderou dela.

Agora, restavam apenas os quatro no local.

Percebendo o perigo, Adriana deu um passo para trás, levantando o copo e tentando manter a compostura: "Já que todos já foram, este último copo será minha despedida para vocês."

Mas, antes que ela pudesse beber, um dos homens segurou seu pulso.

A palma da mão dele estava quente, transmitindo uma sensação inquietante que fez Adriana deixar cair o copo de bebida.

A bebida derramou diretamente em seu vestido.

"Pare de fingir! Você já nos deu a entender que queria algo mais íntimo conosco. Não tem mais ninguém aqui, então se entregue! No futuro, você vai se dar bem no nosso círculo."

Dei a entender? Quando?

Adriana hesitou por um momento, lembrando-se de que, quando entrou, apenas Eunice e aqueles homens estavam na sala privativa.

Deve ter sido Eunice quem falou algo!

Foi essa hesitação de um único segundo que permitiu ao homem puxá-la para perto, com seus lábios grossos tentando beijá-la.

De repente, o som estridente de um celular ecoou pelo local.

Os três homens se assustaram.

Adriana aproveitou o momento de distração para se libertar do aperto, pegando seu celular e um pacote de remédios.

"Olhem bem o que eu tenho em mãos antes de tomar qualquer decisão!"

Os três olharam para o celular, percebendo que toda a conversa havia sido gravada e, naquele exato momento, estava sendo enviada.

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