O quarto ficou em silêncio após as palavras de Antônio.
Antônio, no entanto, não percebeu e continuou: “Não é à toa que ela ficou olhando fixamente para uma menina há pouco.”
“Dr. Ferreira,” Evaldo interrompeu.
Foi então que Antônio percebeu que falara demais e olhou cautelosamente para a cama.
Jaques fechou os olhos levemente, acendeu um cigarro em silêncio e jogou o isqueiro na mesa com um estalo, como se estivesse extravasando alguma coisa.
Ele parecia não ter ouvido o que Antônio disse e perguntou sombriamente: “Tem notícias da Emilia?”
Evaldo balançou a cabeça, desanimado: “Não. Segui suas instruções e mexi no projeto do pai dela para forçá-la a aparecer, mas nada ainda. Ela não parece ser do tipo que consegue se segurar tanto.”
O cigarro entre os dedos de Jaques brilhava de forma intermitente enquanto ele falava friamente: “Parece que quem a levou a controla completamente.”
Ao ouvir isso, Antônio e Evaldo trocaram olhares.
Eles sabiam que, se não encontrassem Emilia, a crise sobre Jaques nunca seria resolvida.
Antônio pensou por um momento e, tomando coragem, retornou ao tema anterior.
“Nesse ponto, na verdade, eu disse tudo isso para tentar aconselhá-lo. Já que ela vai ficar noiva e quer ter filhos com o Diretor Alves, isso mostra que ela realmente gosta dele. Você deveria deixar isso para lá.”
“Você... já é casado.”
Essas palavras se tornaram um obstáculo intransponível entre Adriana e Jaques.
Jaques semicerrava os olhos, a fumaça obscurecia seu olhar enquanto ele dizia calmamente: “Ela não terá filhos com Bernardo.”
“Aquele monte de ervas medicinais, eu não sou cego.” Antônio gesticulou para mostrar o tamanho. “Remédio amargo e difícil de engolir, normalmente ninguém jovem tenta isso sem determinação. Isso mostra que ela realmente se importa com o Diretor Alves...”
Evaldo fez uma expressão séria e tapou a boca de Antônio.
Foi então que Antônio notou o rosto pálido e doentio de Jaques, seus olhos negros com veias de um vermelho estranho.
Ao lado, os números dos monitores subiam rapidamente.
Ele rapidamente puxou a mão de Evaldo e pressionou o ombro de Jaques.
“Se acalme, você ainda não está totalmente recuperado.”
Jaques abaixou a cabeça, fumando: “Saiam.”
Evaldo rapidamente puxou Antônio para fora do quarto.
A fumaça azulada obscurecia seu perfil, enquanto na mente dele as cenas do sonho reapareciam.
No sonho, Adriana era uma boa mãe, e Estela era uma boa filha.
Se não fosse por sua teimosia, mãe e filha não teriam aquele destino.
Antônio disse que a obsessão de Jaques por Adriana era profunda e perigosa, destinada a prejudicar a ambos.
E, de fato, as palavras de Antônio se confirmaram.
Mas a ideia de Adriana e Bernardo fazendo as mesmas coisas que eles fizeram, tendo outra filha como Estela, era insuportável para ele.
Ele não conseguia ficar calmo.
Adriana era dele.
A filha também era dele.
Mesmo que fosse só uma fantasia em seus sonhos!
Nem o Bernardo ousaria se intrometer!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...