Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 712

O quarto ficou em silêncio após as palavras de Antônio.

Antônio, no entanto, não percebeu e continuou: “Não é à toa que ela ficou olhando fixamente para uma menina há pouco.”

“Dr. Ferreira,” Evaldo interrompeu.

Foi então que Antônio percebeu que falara demais e olhou cautelosamente para a cama.

Jaques fechou os olhos levemente, acendeu um cigarro em silêncio e jogou o isqueiro na mesa com um estalo, como se estivesse extravasando alguma coisa.

Ele parecia não ter ouvido o que Antônio disse e perguntou sombriamente: “Tem notícias da Emilia?”

Evaldo balançou a cabeça, desanimado: “Não. Segui suas instruções e mexi no projeto do pai dela para forçá-la a aparecer, mas nada ainda. Ela não parece ser do tipo que consegue se segurar tanto.”

O cigarro entre os dedos de Jaques brilhava de forma intermitente enquanto ele falava friamente: “Parece que quem a levou a controla completamente.”

Ao ouvir isso, Antônio e Evaldo trocaram olhares.

Eles sabiam que, se não encontrassem Emilia, a crise sobre Jaques nunca seria resolvida.

Antônio pensou por um momento e, tomando coragem, retornou ao tema anterior.

“Nesse ponto, na verdade, eu disse tudo isso para tentar aconselhá-lo. Já que ela vai ficar noiva e quer ter filhos com o Diretor Alves, isso mostra que ela realmente gosta dele. Você deveria deixar isso para lá.”

“Você... já é casado.”

Essas palavras se tornaram um obstáculo intransponível entre Adriana e Jaques.

Jaques semicerrava os olhos, a fumaça obscurecia seu olhar enquanto ele dizia calmamente: “Ela não terá filhos com Bernardo.”

“Aquele monte de ervas medicinais, eu não sou cego.” Antônio gesticulou para mostrar o tamanho. “Remédio amargo e difícil de engolir, normalmente ninguém jovem tenta isso sem determinação. Isso mostra que ela realmente se importa com o Diretor Alves...”

Evaldo fez uma expressão séria e tapou a boca de Antônio.

Foi então que Antônio notou o rosto pálido e doentio de Jaques, seus olhos negros com veias de um vermelho estranho.

Ao lado, os números dos monitores subiam rapidamente.

Ele rapidamente puxou a mão de Evaldo e pressionou o ombro de Jaques.

“Se acalme, você ainda não está totalmente recuperado.”

Jaques abaixou a cabeça, fumando: “Saiam.”

Evaldo rapidamente puxou Antônio para fora do quarto.

A fumaça azulada obscurecia seu perfil, enquanto na mente dele as cenas do sonho reapareciam.

No sonho, Adriana era uma boa mãe, e Estela era uma boa filha.

Se não fosse por sua teimosia, mãe e filha não teriam aquele destino.

Antônio disse que a obsessão de Jaques por Adriana era profunda e perigosa, destinada a prejudicar a ambos.

E, de fato, as palavras de Antônio se confirmaram.

Mas a ideia de Adriana e Bernardo fazendo as mesmas coisas que eles fizeram, tendo outra filha como Estela, era insuportável para ele.

Ele não conseguia ficar calmo.

Adriana era dele.

A filha também era dele.

Mesmo que fosse só uma fantasia em seus sonhos!

Nem o Bernardo ousaria se intrometer!

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