Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 708

Adriana observou que Victoria ainda estava atônita e imediatamente deu-lhe um empurrãozinho.

“Mãe, ele está te perguntando.”

“Foi o que o médico disse na época, ele até me mostrou o relatório. Disse que o útero estava seriamente danificado, seria difícil engravidar e me fez tomar remédios por um bom tempo. Na verdade, naquela época, eu tentei engravidar, mas não consegui, então desisti.” A voz de Victoria carregava um tom amargo.

“Remédio? Todo remédio tem seu veneno.” O velho curandeiro levantou a outra mão e colocou as duas para sentir o pulso.

Victoria não entendeu bem aquelas palavras.

Mas Adriana captou algo.

Talvez o problema de infertilidade de Victoria não fosse dela mesma, mas sim dos remédios.

Victoria, confusa, disse: “Senhor, não entendi bem. É sobre o remédio que tomei...?”

“Mãe, o que o senhor quer dizer é que você deve ter paciência. Afinal, você sofreu lesões, o remédio só serve como auxílio, você não pode tratá-lo como uma cura milagrosa.” Adriana interrompeu novamente.

Victoria suspirou, sem insistir: “Já estou nessa idade, vou deixar nas mãos do destino.”

O velho curandeiro assentiu e olhou para Adriana.

“Você quer que eu veja? Afinal, vocês estão juntas.”

Adriana estava prestes a recusar, mas Victoria rapidamente assentiu com entusiasmo: “Veja, veja, minha filha está prestes a ficar noiva, é uma boa hora para cuidar da saúde.”

“Mãe!”

Adriana pensou que Victoria ainda não havia desistido da ideia de ela ter filhos com Bernardo.

Victoria explicou: “Não estou dizendo para você ter filhos, quero que o senhor veja sua mão. Você não quer curá-la antes do casamento?”

Enquanto falava, ela passou a mão carinhosamente sobre a cicatriz na mão de Adriana.

Adriana, para não a deixar triste, obedeceu e estendeu a mão.

O velho curandeiro sentiu o pulso dela e, levantando as pálpebras, olhou para Adriana: “Não quer que eu veja mais nada?”

Adriana assentiu: “Não.”

“Você não tem dormido bem, certo? Sem apetite? Tem estado sensível a tudo ultimamente.” O velho curandeiro falou em voz baixa.

Adriana teve que admitir que ele era bom, tudo estava certo.

Enquanto seguiam o jovem até outro balcão, Victoria finalmente voltou a si.

“Adriana, você, você está grávida? Do Diretor Alves?”

“Mãe, eu estou com o ciclo atrasado, como posso estar grávida? Se fosse tão fácil diagnosticar gravidez pelo pulso, por que precisaríamos de hospitais?”

Adriana elevou a voz de propósito para que o homem à frente pudesse ouvir.

Na verdade, suas mãos estavam suadas.

Ela estava mais nervosa do que ninguém.

Foi só quando o curandeiro mencionou a gravidez que ela se lembrou de que seu ciclo estava atrasado há mais de duas semanas.

Mas, pensando bem, parecia impossível.

Naquela noite, ela tinha tomado a pílula anticoncepcional.

Nesse momento, ouviu-se a voz do homem do outro lado.

“Os remédios estão prontos, por favor, leve-os. As instruções para preparar estão no saco, é só seguir quando chegar em casa.”