Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 626

A confusão entre Antônio e Cristian dissipou completamente o clima de romance que havia dentro do carro.

Mesmo que Bernardo seguisse o mesmo roteiro de antes, a mente de Adriana estava totalmente distraída.

Felizmente, Bernardo era um homem compreensivo e desfez o constrangimento com um sorriso.

"Está se sentindo melhor agora?"

"Sim."

Adriana mal conseguia conter um sorriso misturado com lágrimas.

Ao chegarem no prédio, Bernardo recebeu uma ligação de trabalho e não pôde acompanhar Adriana até o apartamento.

No caminho, Cristian observou Bernardo pelo retrovisor.

"Patrão, aquela ligação do Antônio foi claramente de propósito. Se fosse para acertar as contas, ele deveria ter ligado para mim. Aposto que foi o Sr. Jaques que aprontou alguma. Por que você não explica isso para a Sra. Guerreiro?"

Bernardo manteve a expressão serena: "Você acha que Adriana não sabe? Às vezes, é melhor tratar uma situação como uma piada e seguir em frente para não se consumir."

"Ah. Espera... eu sou a piada?" Cristian resmungou.

Bernardo lançou-lhe um olhar de soslaio, deixando Cristian refletir por si mesmo.

Cristian calou-se e concentrou-se na direção.

...

Adriana chegou em casa e, quando estava prestes a fechar a porta, uma mão a impediu.

A aliança brilhante deixou claro quem era e serviu como um lembrete.

Ela fechou a porta com força, encostando-se nela.

Do lado de fora, o homem hesitou antes de bater duas vezes.

"Abre a porta."

A voz dele estava tensa, incomumente carregada de emoção em comparação com a frieza habitual.

Adriana permaneceu em silêncio, olhando para o teto.

O humor que pensava ter ajustado começou a oscilar novamente.

Ela se sentia sufocada, como se estivesse presa em um redemoinho interminável.

Mesmo agarrando-se a uma corda de salvação, era difícil suportar.

Ela prendeu a respiração e, até através da porta, podia ouvir a respiração pesada do homem.

Adriana puxou seus pensamentos de volta, ansiosa para escapar dali, e quando se dirigia para o interior do apartamento, sua mão bateu no trinco da porta.

"Me solta! Está doendo!"

Adriana sentia como se ele estivesse prestes a partir sua cintura.

O que mais a irritava era como ele sempre invadia a vida dos outros sem aviso, deixando tudo de pernas para o ar, para depois ir embora como se nada tivesse acontecido.

Ela lutou com todas as forças, até levantando a mão machucada para atingi-lo.

Jaques, atento, segurou seu pulso.

Olhando diretamente em seus olhos furiosos, ele hesitou antes de suavizar o tom: "Sua mão está machucada?"

"Não é da sua conta!"

Adriana tentou puxar a mão, mas não conseguia.

Jaques, vendo o sangue manchar a bandagem, franziu o cenho: "Está sangrando. Deixe-me cuidar disso."

"Não preciso." Adriana tentou soltar sua mão.

Jaques olhou para ela sem escolha: "Depois que eu cuidar disso, eu vou. Caso contrário, ficaremos aqui o dia todo."

"Você..."

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