Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 503

"Mas você já pensou que, na realidade, ela sempre esteve esperando que você realmente a escolhesse?"

"Caso contrário, por que ela não postou uma foto de vocês dois na Internet para acabar com tudo? Ela protegeu sua imagem e a de Sra. Alves."

"Então, por favor, deixe-a em paz."

O escritório mergulhou em um silêncio interminável.

Jaques deu um passo para trás, quase se fundindo com a escuridão do ambiente, imóvel, como se estivesse tentando reprimir algo.

Onde os outros não conseguiam ver, seus olhos ficaram levemente avermelhados e seu olhar escuro refletiu uma luz fraca na escuridão.

"Por que eu deveria deixá-la em paz?"

"Eu só quero uma pessoa!"

"Por que não posso?"

Antônio percebeu que havia algo errado com Jaques e, quando tentou se aproximar dele, quase levou um soco.

Ele rapidamente agarrou a mão de Jaques e olhou para Evaldo: "Evaldo, segure-o! Não deixe que ele abra suas feridas novamente!"

Evaldo segurou Jaques por trás enquanto Antônio lhe aplicava uma injeção de sedativo.

Momentos depois, Jaques desabou no chão.

Evaldo o ajudou a se deitar e olhou para Antônio com pesar: "Não há outra solução?"

Antônio balançou a cabeça.

Continuar assim só traria sofrimento para ambos.

Evaldo franziu a testa e disse: "Mas ele também não tem controle sobre sua vida."

Antônio suspirou: "Deixe-o dormir um pouco."

Os dois saíram do cômodo.

No sonho, o corpo de Jaques estava caindo repetidamente até que o cheiro de algo queimado chegou às suas narinas.

De repente, ele abriu os olhos e viu uma mansão em chamas.

Dessa vez, ele podia ver claramente a mulher no meio do fogo.

Adriana.

Ela estava segurando uma pequena… urna rosa.

As chamas aumentaram e queimaram até a bainha de seu vestido, mas ela permaneceu imóvel.

"Adriana! Saia daí! Saia daí!"

Jaques gritou, correndo desesperadamente em direção ao fogo.

Embora a casa parecesse próxima, ele não conseguia alcançá-la.

Jaques hesitou, com o peito cheio de emoções conflitantes.

As chamas ao redor se dissiparam, uma leve chuva caiu e a figura da menina ficou ainda mais indistinta na garoa.

Ela soltou a mão de Jaques e deu dois passos à frente.

À frente, a imagem de um homem desolado, de costas para Jaques, ajoelhado no chão, ficou clara.

Jaques se aproximou sem controle.

Quando recobrou a consciência, percebeu que ele próprio havia se tornado o homem ajoelhado no chão.

Gotas de chuva escorriam por seus cabelos, caindo sobre um buquê de flores brancas à sua frente.

"Papai, parabéns, seu plano deu certo. Todos os bandidos foram punidos."

"Mas papai... Mamãe e eu estamos mortas."

Jaques levantou os olhos lentamente e, quando viu o que estava à sua frente, sentiu uma dor dilacerante, como se uma mão estivesse esmagando seu coração.

À sua frente, havia duas pequenas lápides.

O túmulo de sua amada esposa Adriana.

O túmulo de sua amada filha Estela Torres.

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