…
Adriana teve uma noite inquieta, sentindo como se uma faca estivesse suspensa sobre sua cabeça.
Entre sonhos nebulosos, ela sentiu alguém acariciando seu rosto.
Com dificuldade, ela abriu os olhos e viu o homem tocando-a gentilmente. Ela sabia que tudo aquilo era um sonho.
Somente em seus sonhos ela poderia encarar Jaques com tanta calma.
Ela o encarou e murmurou: "Meu estômago está doendo."
Ao dizer isso, ela se encolheu involuntariamente.
Jaques passou o polegar sobre os lábios ressecados dela e, com um tom de reprovação, perguntou: "Você ainda vai se meter em encrenca?"
Adriana balançou a cabeça, parecendo especialmente submissa.
O polegar de Jaques hesitou por um momento e ele a fitou profundamente nos olhos.
No instante seguinte, Adriana sentiu seu corpo ser abraçado por um peito quente, enquanto a mão dele massageava suavemente seu estômago.
Não se sabe quanto tempo se passou até que Jaques se aproximou do ouvido dela e perguntou em uma voz profunda e suave: "Está melhor?"
"Sim."
Adriana sentiu uma coceira na orelha e levantou a mão para coçá-la, mas acabou tocando a ferida no braço, franzindo a testa.
Antes que ela pudesse abaixar o braço, Jaques o agarrou.
Ele tentou erguer a manga de Adriana. Instintivamente, ela quis se esquivar, mas a força dele era grande demais. Sentindo-se como se estivesse em um sonho, decidiu simplesmente deixar que ele fizesse o que quisesse.
Afinal de contas, nada era real.
Ninguém realmente se preocupava com seu bem-estar.
Quando Jaques ergueu a manga de Adriana e viu os arranhões cruzando sua pele, seu olhar vacilou por um instante.
Ele pegou a pomada na mesa de cabeceira e aplicou um pouco nas feridas com o dedo.
A dor fez com que Adriana instintivamente puxasse a mão para trás.
Jaques segurou sua mão e comentou em voz baixa: "Vai ser rápido."
Seu gesto cuidadoso fez com que os olhos de Adriana se enchessem de lágrimas quentes.
Jaques franziu a testa: "Ainda está doendo?"
O colapso de Adriana veio com essa única preocupação, e lágrimas escorreram pelo seu rosto enquanto ela assentia vigorosamente.
"Certo. Vou desligar."
Quando Jaques estava prestes a desligar, Antônio o chamou.
"Você está prestes a ficar noivo e se casar. Agir assim com ela não é meio inadequado? Talvez seja melhor manter distância, para evitar que as pessoas comecem a especular."
"Eu cuidarei dela."
"Não foi isso que eu quis dizer. O que quero dizer é: por que você não a deixa seguir com a própria vida? Continuar com essa insistência não faz bem para ninguém." - Antônio falou com um tom determinado.
"Ela precisa ficar ao meu lado." - A voz de Jaques era fria e até obsessiva.
"..."
Antônio queria dizer mais alguma coisa, mas tudo o que ele ouviu foram os toques 'tu-tu' do outro lado da linha.
Ele olhou para o celular e suspirou, lembrando-se das palavras de um amigo psicólogo.
"Como é que vocês estão cuidando da paciente? Eu já avisei para não a provocarem! Não a provoquem!"
"Vocês querem empurrá-la para a morte? Você, ao menos, é médico! Ela está doente, você deveria saber disso!"
"Respeitem-na, ou alguém pode acabar morrendo."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...