Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 449

"O que você quer dizer com isso? Eu ainda não estou velho o suficiente para não conseguir comandar esta casa!"

O Senhor era o que menos aceitava a velhice e também o que mais temia envelhecer.

Jaques permaneceu imperturbável: "A saúde é o que mais importa."

O Senhor permaneceu petrificado em sua cadeira, com o rosto assumindo uma tonalidade esverdeada.

Mas, afinal de contas, ele era o homem que havia administrado a grande Família Torres e logo recuperou sua serenidade habitual.

Ele colocou dois documentos na frente de Jaques, mudando o tom da conversa: "Dê uma olhada na lista para a cerimônia do Ano Novo."

Jaques abriu a lista.

Era quase idêntico aos anos anteriores, exceto por... Victoria.

O Senhor disse com uma voz gelada: "Afinal, ela é sua cunhada e, de qualquer forma, faz parte da Família Torres. Agora que Marsha se foi, ela deveria começar a contribuir para a Família Torres também."

"Sério?"

Jaques encontrou o olhar do Senhor.

O Senhor apontou para o outro documento, com seus olhos brilhando com astúcia: "O documento que transfere as ações de sua mãe."

"Jaques, eu sei que o seu envolvimento com Eunice não passou de um teatro para me enganar. No fim das contas, você só queria proteger alguém, não é?"

"Posso lhe dar o que quiser, desde que se case com Clarice. Essa seria sua responsabilidade com a Família Torres e com Clarice."

O Senhor chamou o mordomo para acender o fogo.

No momento em que a luz das chamas iluminou o cômodo, o rosto de Jaques ficou surpreendentemente sombrio.

...

Adriana originalmente planejava manter a assiduidade até o recesso de fim de ano, mas acabou pegando um resfriado por ter se exposto ao vento na noite anterior.

Ele ficou febril e delirante a noite toda.

Ela acabou dormindo direto até o meio-dia do dia seguinte. Selena ligou para ela três ou quatro vezes antes que finalmente atendesse.

"Eu estava prestes a chamar a polícia! Como você está?" - perguntou Selena, preocupada.

"Com febre, acabei de medir: 40 graus." - disse Adriana, desamparada.

"40 graus! Chega de conversa, vá para o hospital imediatamente."

Entre uma respiração e outra, Adriana sentiu que alguém a estava observando.

A presença dessa pessoa estava se aproximando, familiar, mas com um ar gelado.

Quando ela pensou que estava prestes a tocá-lo, ele parou a alguns centímetros de distância.

Ela abriu os olhos com dificuldade, esforçando-se para enxergar, mas só conseguiu distinguir um par de olhos.

Olhos escuros que pareciam querer dizer algo, mas, em um piscar de olhos, desapareceram, assim como a presença ao redor deles.

Por alguma razão, ela sentiu como se algo dentro dela também estivesse sendo arrancado à força.

Ela se esforçou para se levantar, mas, sem querer, rolou do sofá.

Uma mão envolveu sua cintura, trazendo-a de volta.

A respiração ofegante à sua frente denunciava sua presença. Adriana sabia que ele estava bem ali.

Levantando a mão, ele a segurou, acariciando-a levemente. Após alguns segundos de hesitação, ele finalmente a abraçou.

Seu abraço era leve, como se pudesse desaparecer a qualquer momento.

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