"O que você quer dizer com isso? Eu ainda não estou velho o suficiente para não conseguir comandar esta casa!"
O Senhor era o que menos aceitava a velhice e também o que mais temia envelhecer.
Jaques permaneceu imperturbável: "A saúde é o que mais importa."
O Senhor permaneceu petrificado em sua cadeira, com o rosto assumindo uma tonalidade esverdeada.
Mas, afinal de contas, ele era o homem que havia administrado a grande Família Torres e logo recuperou sua serenidade habitual.
Ele colocou dois documentos na frente de Jaques, mudando o tom da conversa: "Dê uma olhada na lista para a cerimônia do Ano Novo."
Jaques abriu a lista.
Era quase idêntico aos anos anteriores, exceto por... Victoria.
O Senhor disse com uma voz gelada: "Afinal, ela é sua cunhada e, de qualquer forma, faz parte da Família Torres. Agora que Marsha se foi, ela deveria começar a contribuir para a Família Torres também."
"Sério?"
Jaques encontrou o olhar do Senhor.
O Senhor apontou para o outro documento, com seus olhos brilhando com astúcia: "O documento que transfere as ações de sua mãe."
"Jaques, eu sei que o seu envolvimento com Eunice não passou de um teatro para me enganar. No fim das contas, você só queria proteger alguém, não é?"
"Posso lhe dar o que quiser, desde que se case com Clarice. Essa seria sua responsabilidade com a Família Torres e com Clarice."
O Senhor chamou o mordomo para acender o fogo.
No momento em que a luz das chamas iluminou o cômodo, o rosto de Jaques ficou surpreendentemente sombrio.
...
Adriana originalmente planejava manter a assiduidade até o recesso de fim de ano, mas acabou pegando um resfriado por ter se exposto ao vento na noite anterior.
Ele ficou febril e delirante a noite toda.
Ela acabou dormindo direto até o meio-dia do dia seguinte. Selena ligou para ela três ou quatro vezes antes que finalmente atendesse.
"Eu estava prestes a chamar a polícia! Como você está?" - perguntou Selena, preocupada.
"Com febre, acabei de medir: 40 graus." - disse Adriana, desamparada.
"40 graus! Chega de conversa, vá para o hospital imediatamente."
Entre uma respiração e outra, Adriana sentiu que alguém a estava observando.
A presença dessa pessoa estava se aproximando, familiar, mas com um ar gelado.
Quando ela pensou que estava prestes a tocá-lo, ele parou a alguns centímetros de distância.
Ela abriu os olhos com dificuldade, esforçando-se para enxergar, mas só conseguiu distinguir um par de olhos.
Olhos escuros que pareciam querer dizer algo, mas, em um piscar de olhos, desapareceram, assim como a presença ao redor deles.
Por alguma razão, ela sentiu como se algo dentro dela também estivesse sendo arrancado à força.
Ela se esforçou para se levantar, mas, sem querer, rolou do sofá.
Uma mão envolveu sua cintura, trazendo-a de volta.
A respiração ofegante à sua frente denunciava sua presença. Adriana sabia que ele estava bem ali.
Levantando a mão, ele a segurou, acariciando-a levemente. Após alguns segundos de hesitação, ele finalmente a abraçou.
Seu abraço era leve, como se pudesse desaparecer a qualquer momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...