Com o som abafado do trinco da porta, Adriana não precisou virar para saber quem se aproximava. A embalagem do café escorregou de suas mãos e rolou, parando distante.
A embalagem do café rolou até parar diante de um par de sapatos masculinos de couro.
Ela tentou apanhá-la rapidamente, mas uma par de mãos a envolveu pela cintura, vindo por trás, como uma serpente fria que se enrola e apertava a cada segundo.
Ela foi finalmente prensada contra a mesa de centro, sentindo o calor da respiração dele, que se espalhava da sua cabeça até o ouvido, fazendo sua respiração se descontrolar.
Os lábios dele estavam próximos do seu ouvido. A voz soou grave e baixa, com um toque de malícia:
"Gosta tanto de ser conduzida assim?"
O hálito quente, como penas suaves, acariciava seu ouvido, causando-lhe um formigamento.
Ela queria fugir, mas qualquer movimento fazia a presença atrás dele se tornar ainda mais intimidadora, pressionando-a fortemente para baixo.
O ar a envolvia por trás, e, mesmo através da blusa, ela sentia o calor intenso do corpo dele contra o seu.
O rubor subiu até suas orelhas sem que ela pudesse impedir.
O homem atrás dela a observava em silêncio, admirando seu semblante contido e tímido. Seus olhos, escuros como a noite profunda, fixavam-se nela enquanto suas mãos, pousadas em sua cintura, a acariciavam suavemente.
Adriana sentia o corpo tremer, e falou baixo, tentando resistir: "Tio, estamos na Família Torres!"
"E daí?"
"Solte-me! E se alguém nos ver?"
Ele não se moveu, permanecendo firme.
Justo quando Adriana acreditou que ele a soltaria, de repente, foi surpreendida ao ser erguida e colocada sobre a mesa de centro.
Ela se controlou para não gritar.
Agora, frente a frente, a aparência do homem à sua frente fazia Adriana cerrar os dentes.
Jaques tinha o rosto solitário e ameaçador. Seus olhos eram como estrelas congeladas no inverno, sempre com um olhar frio e implacável.
Adriana o encarava, com sentimentos de ódio e... ressentimento surgindo em seu coração.
Ela já estava tentando evitá-lo, mas por que ele continuava a insistir em atormentá-la?
Mas mesmo assim, Jaques continuou dominador, até que um som envergonhado escapou de seus lábios, e ele finalmente parou seu avanço.
Ele olhou para ela de cima, com voz rouca: "Esse gemido soa como algo 'não é da minha conta'?"
Adriana, extremamente envergonhada, aproveitou a oportunidade para jogar café em Jaques.
Ele parecia ter previsto o gesto, não se desviando, e permaneceu impassível enquanto o café se espalhava, manchando seu rosto e suas roupas.
"Eu não sou seu brinquedo! Solte-me!"
Jaques sacudiu as manchas de café, segurando a cintura de Adriana, arqueando uma sobrancelha: "Que tipo de brinquedo desobedece assim? Não apenas bate e morde, como até joga café."
"Solte-me!"
Adriana olhava para sua cintura, frustrada. Por causa da luta, sua blusa havia subido, expondo uma boa parte de sua pele abdominal.
E, justamente no local, a mão dele estava descansando.
Embora ela não quisesse admitir, aquela parte da pele era realmente muito sensível para ela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...