Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 360

Antônio tirou o cartão-chave do quarto sem sequer olhar para ele e o colocou no bolso.

"Nossa, você é realmente atencioso, até preparou um quarto para mim. Então, estou voltando. Acabei de sair do avião e ouvi falar de vocês dois, minha mala ainda está na enfermaria."

"Ah."

Jaques olhou para ele, mas não disse mais nada.

Depois que Antônio saiu, ele pediu a Evaldo que enviasse alguém para segui-lo.

De repente, o quarto ficou em silêncio novamente.

Adriana, confusa, perguntou: "Tio, que cartão é esse?"

"Cartão-chave de hotel."

Era como se ele não tivesse dito nada, ele claramente não queria entrar em detalhes.

Adriana fez uma careta e estendeu a mão para arrumar a comida na mesa.

"Venha aqui."

Jaques moveu a cadeira de rodas e apontou para o banco à sua frente.

Adriana realmente não queria mais confusão e simplesmente se sentou: "O que há de errado?"

De repente, Jaques se aproximou dela e, por um momento, ela ficou paralisada, querendo se mover, mas ele segurou seu queixo.

A força foi suave, puxando o rosto dela em direção a ele.

Adriana se lembrou do beijo de antes, franziu a testa e tentou se esquivar, com as bochechas corando de uma forma não natural.

Até que ela sentiu o frio na bochecha inchada, percebendo que Jaques estava aplicando uma pomada.

Ela baixou os olhos imediatamente, escondendo os pensamentos que não deveria ter tido.

Mas Jaques ainda a percebeu. Ele olhou para sua postura hesitante, com um sorriso que parecia brincar em seus lábios: "Calma, com essa cara... realmente não dá para beijar por agora."

Ao ouvir isso, as mãos de Adriana, que estavam em seu colo, se fecharam e suas bochechas ficaram ainda mais vermelhas.

Ela olhou para Jaques: "Tio, isso não é engraçado! Eu posso fazer isso sozinha!"

Adriana tentou pegar a pomada, mas Jaques a desviou. Ela tropeçou na cadeira de rodas e acabou caindo em seu colo.

Jaques olhou para baixo. Sua mão segurando a pomada se fechou lentamente e seu olhar se tornou mais intenso contra a luz.

Adriana era linda, não apenas seu rosto, mas todo o seu corpo exalava uma delicadeza meticulosa.

Não era como se eles estivessem colados e sem roupas!

Jaques virou a cadeira de rodas, apoiando o queixo sobre ela, com um olhar significativo: "Sim, estava. Descanse cedo, estou indo."

Quando a porta se fechou, Adriana se virou na cama, pensando: estava vestida!

Ela fechou os olhos por um momento, como se algo tivesse lhe ocorrido de repente. Levantou-se de imediato e abriu o armário, revelando as roupas que usava quando saiu da mina.

Era a lingerie que Victoria havia comprado para ela.

Apenas uma camada fina de tecido!

Usar aquilo era como não usar nada.

Adriana fechou a porta com força e enterrou a cabeça no travesseiro.

...

No hotel.

Antônio, cansado, abriu a porta do quarto e viu que estava uma bagunça completa do início ao fim.

Saltos femininos, uma jaqueta masculina e até mesmo uma lingerie de renda pendurada em um capacete preto de motociclista.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!