Adriana lançou um olhar gélido para as pessoas à sua frente, até que finalmente seus olhos se fixaram no policial de meia-idade diante dela.
"Você deve ser o tio da Simone, certo?"
"Estou agindo de acordo com a lei, com justiça e razão. Espero que você entenda."
Ele não respondeu diretamente à pergunta de Adriana. Em vez disso, ele se endireitou, parecendo extremamente ereto.
No entanto, seu olhar involuntário para Simone o traiu.
Adriana riu baixinho: "Sinto muito, mas não concordo com sua aplicação da lei. Acabei de registrar a queixa, e a Sra. Loureiro já obteve todos os laudos médicos, enquanto ainda me faltam dois."
"A Sra. Loureiro realmente tem uma bola de cristal."
"Além disso, vocês, policiais, não vieram para colher o meu depoimento. Desde quando os depoimentos das vítimas são a base das acusações?"
"Quanto ao relatório psiquiátrico, sempre cooperei ativamente com o tratamento e, segundo o sistema de saúde, estou curada. Então, como eu poderia ter tido um surto e empurrado a Sra. Loureiro intencionalmente?"
"Além disso, você tem um relacionamento familiar com a vítima. Exijo que outra pessoa lide com o caso, ou apresentarei uma queixa contra você."
Adriana desafiou o policial com argumentos sólidos.
Mas ele apenas sorriu com desprezo.
Quando ela soltou a caneta, ele imediatamente assumiu uma postura defensiva, avisando: "Senhorita, é melhor não se mover, caso contrário, posso acusá-la de agressão à autoridade, e a senhorita acabará presa, podendo, em casos graves, até ser condenada."
Ela nem tinha assinado e já estava sendo ameaçada daquela forma.
Isso fez com que Adriana se lembrasse de sua vida passada, dos relatórios oficiais de lesões fornecidos por Eunice e por aquela criança.
A raiz do problema estava bem à sua frente.
"Adriana! Não acha que já causou problemas demais? Não tem um pingo de dignidade?"
Cesário franziu a testa, com seus olhos astutos enviando um aviso frio.
Antes que Adriana pudesse responder, Eunice se aproximou gentilmente para acalmá-lo.
"Senhor, não fique bravo. Não vale a pena comprometer sua saúde. Vou tentar conversar com a Adriana."
Eunice cerrou os dentes, mas quando se virou para Simone, seu rosto mostrou uma expressão de bondade e mágoa.
"Desculpe, Simone, sou péssima com as palavras. Não consigo competir com a Adriana em um debate."
Depois de dizer isso, suas lágrimas começaram a cair.
Simone ainda preferiu acreditar nela, dando um olhar significativo para o policial.
O policial, fingindo benevolência, lembrou a Adriana: "Sra. Guerreiro, a senhora não tem provas de que a Sra. Loureiro a sequestrou e agrediu. Mesmo que o caso seja aberto, isso não mudará o resultado, mas manchará sua reputação."
Dessa vez, Adriana não esperou que os outros falassem e interrompeu: "Quem disse que eu não tenho?"
De repente, a expressão de todos mudou, até mesmo Simone, sentada em sua cadeira de rodas, quase tentou se levantar.
Adriana tirou o celular do bolso e deu um leve sorriso: "A Sra. Loureiro me forneceu a prova pessoalmente."
"Impossível! Quando foi que eu deixei alguma evidência?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...