Naquele momento, Marsha já tinha revistado o lado direito do cachecol sem encontrar o bordado dourado com o seu nome.
"Impossível! Deve estar do outro lado!"
Ela revirou o pedaço de tecido com tanta insistência, virando-o três vezes, mas não conseguia achar a prova que tanto procurava.
Cesário, perdendo a paciência, perguntou: "Encontrou?"
Os olhos de Marsha quase saltaram de seu rosto, e ela repetia, quase desesperada: "Eu preciso encontrar! Eu vou encontrar!"
"Sra. Marsha, está procurando isso?"
Por baixo de seu sobretudo, Jaques retirou um cachecol, onde seu nome estava bordado claramente.
"Como isso é possível? Não deveria ser assim!" - Marsha olhou para Jaques, incrédula.
Jaques casualmente jogou o cachecol sobre o braço da cadeira, dizendo calmamente: "Todo mundo sabe o quanto esse cachecol é importante para mim, como eu poderia simplesmente dar para alguém?"
Adriana não sabia se era sua imaginação, mas sempre sentia que alguém a estava observando. No entanto, ao olhar para frente, não via ninguém.
Marsha, surpresa, virou-se bruscamente e encarou Adriana com raiva.
"Adriana, se você não tinha nada a esconder, por que se apavorou momentos atrás?"
Adriana, voltando à realidade, se aproximou para justificar: "Sra. Marsha, se algo seu fosse tomado por outra pessoa, a senhora não ficaria preocupada? Além disso, como o meu cachecol de cinquenta reais poderia se comparar com o do tio? Era só tocar nela para sentir a diferença, como a senhora não percebeu? Ou será que foi intencional?"
Adriana saiu da loja de cafés, profundamente inquieta.
Quando viu o cachecol refletido no vidro da vitrine, temeu que Cesário a reconhecesse.
Então, apressada, entrou em uma loja de roupas e comprou um cachecol de cor similar para usar, tentando esconder as marcas de mordida em seu pescoço.
Depois, pediu a um segurança para devolver a cachecol embalada a Jaques.
Seu cuidado acabou salvando-a.
No entanto, ainda não era hora de Adriana comemorar. Ainda havia marcas profundas de mordida em seu pescoço.
Mesmo que o cabelo cobrisse, qualquer movimento poderia revelar as marcas, expondo-a ainda mais.
Ela precisava recuperar o cachecol a qualquer custo.
Ele esperava que o avô o perdoasse, levando em consideração sua posição como neto mais velho.
Mas Cesário seguiu bebendo seu café, impassível.
Lucas apertou os punhos, seu rosto e pescoço ficaram vermelhos, e, com um movimento rígido, se ajoelhou.
"Vovô... Tio… Peço desculpas."
Ele teve que forçar as palavras "tio" para fora, com os dentes cerrados.
O ressentimento se encravava em seu coração como espinhos. Seus olhos, carregados de malícia, percorriam o ambiente, procurando uma válvula de escape.
Fixou o olhar nas pequenas ações de Adriana.
Um brilho cruel iluminou seus olhos.
Adriana, eu fui tão bom para você, e você me deixou nesta situação humilhante!
Você deveria estar ao meu lado...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...