"Adriana, estou bem. Você não é pesada, absolutamente nada pesada. Vou me levantar agora e te ajudar."
Essas palavras tinham um tom dissimulado, como se Adriana estivesse deliberadamente colocando todo o seu peso sobre Luciana, quase como uma forma de intimidação.
Adriana não pôde evitar revirar os olhos secretamente.
Culpava a si mesma. Por que, afinal, ela confiou em Luciana?
Quando Luciana finalmente se levantou, não resistiu a lançar um olhar cheio de ressentimento em direção à janela do carro.
Um simples movimento de erguer-se se transformou em uma cena em câmera lenta.
De repente, atrás de Adriana, o som de uma porta se abrindo quebrou o silêncio.
Luciana mudou instantaneamente, assumindo o papel de uma figura frágil e doce. Olhando para cima, fixou seus olhos no homem que se aproximava:
"Sr. Jaques, não precisa se preocupar! Na verdade, estou bem. Eu..."
Adriana sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O que tinha acontecido em sua vida passada para fazê-la, algum dia, achar que Luciana era digna de pena?
Ela se moveu para frente, impaciente.
De repente, a voz de Luciana parou abruptamente...
E então, o grito de Adriana ecoou:
"Ah!"
O homem atrás dela agarrou sua bolsa com firmeza, levantando-a como se fosse leve como uma pena. Para não perder o equilíbrio, Adriana foi forçada a segurá-lo pelo pescoço.
"O que você está fazendo? Me coloque no chão!" - Adriana se debateu.
"Se não quer que os restos de inteligência na sua cabeça se espatifem no chão, me abrace forte, sobrinha."
O homem murmurou, e as últimas palavras foram ditas num tom grave, audíveis apenas para Adriana.
Ela sentiu como se algo explodisse dentro de sua mente. Estava furiosa e frustrada.
O que ele queria dizer com isso?
Jaques a carregou em direção ao carro.
Luciana, claramente não disposta a ceder, apressou-se, com um sorriso afável no rosto: "Sr. Jaques, realmente, não precisa se incomodar. Eu consigo ajudar!"
"Não precisa. Ela é delicada, tem medo que tombe."
Passando por Luciana, Jaques carregou Adriana para dentro do carro.
Assim que a porta do carro foi fechada, a cabeça de Luciana colou na janela, dando um susto em Adriana.
"Você... solte-me!" - Adriana tentou puxar sua mão, mas a diferença de força era grande demais para mover sequer um centímetro.
No segundo seguinte, com um clique, o motorista rapidamente fechou a divisória.
Adriana percebeu que o motorista havia entendido errado, mas não ousou protestar. Com a natureza dominadora de Jaques, qualquer reação poderia desencadear algo imprevisível.
Ela só pôde se sentar direito até o carro parar.
Quando Jaques desceu, lançou-lhe um olhar avaliador e estreitou os olhos: "Boa postura."
Adriana o ignorou, saindo do veículo. Ao erguer o olhar, viu o letreiro do hospital.
Evaldo logo trouxe uma cadeira de rodas e a ajudou a se sentar.
A visão do hospital a fez lembrar da cena ao meio-dia: Eunice e Antônio se beijando apaixonadamente.
Ela estava pensando em como abordar o assunto quando uma figura em branco se aproximou rapidamente.
"Adriana, que tal eu te dar um cartão VIP do nosso hospital?"
A voz familiar fez seu corpo estremecer. Ela apertou os punhos com força.
Era Antônio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...