Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 218

Na Capela da Família.

Localizada no ponto mais alto da imponente Mansão Torres, a capela era composta por dois compartimentos austeros.

As vigas altas recebiam uma nova camada de tinta dourada a cada ano, mantendo sua majestade. Acima do altar central, uma intricada escultura feita em ouro maciço, simbolizava a grandeza e o poder absoluto da família.

Diante desse altar sagrado, Cesário, sempre altivo e reservado, revelava pela primeira vez uma expressão dominada por uma ira implacável.

Seus olhos frios perfuravam Jaques, posicionado no centro da capela, como se exigissem respostas urgentes: "Dessa vez você me decepcionou profundamente! Quem revelou o conteúdo do contrato?"

Jaques permanecia impassível, com a expressão neutra contrastando com a fúria tempestuosa ao seu redor. Sua postura, firme e inabalável, parecia capaz de dissipar qualquer vendaval.

"Ninguém. Foi apenas um descuido meu que permitiu à Família Pires aproveitar a brecha."

"Você!"

Cesário, com os olhos arregalados e o rosto tremendo de raiva, claramente não estava satisfeito com a resposta.

Alguém teria de arcar com as consequências daquele erro!

Como ele justificaria isso perante os membros da família e os olhos atentos do mercado?

Cesário respirou fundo e insinuou: "A Adriana visitou o Grupo Torres?"

Resolver o problema parecia simples.

Uma história de traição envolvendo a "insignificante" Adriana poderia ser suficiente para salvar a imagem pública da família. Bastava retratá-la como alguém motivada pela cobiça, que traiu aqueles que a acolheram.

Divulgado isso, as pessoas criticariam o comportamento ingrato de Adriana, enquanto simpatizariam com a traição sofrida pela Família Torres.

O erro empresarial logo seria esquecido.

Só dependia de Jaques...

"Ela não visitou." - A resposta de Jaques foi fria.

Ao ouvir isso, Cesário bateu com força no altar, e a atmosfera na capela tornou-se extremamente tensa.

Depois de um longo silêncio carregado de olhares intensos entre pai e filho, Cesário virou-se lentamente, o canto de seus olhos tremendo de contenção.

Ele pegou as velas no altar, dizendo severamente: "Sendo assim, você deve saber quais as consequências que deve enfrentar."

"Sim."

Jaques desabotoou sua camisa sem expressão alguma.

"Parem!"

Tomás irrompeu pela porta, seguido de alguns outros, colocando-se entre Jaques e o segurança.

"Pai, o Jaques mal se recuperou de uma doença grave. Se continuar, pode matá-lo. O senhor já o castigou o suficiente! A memória da mamãe ainda está viva. Ela quase morreu para trazê-lo ao mundo. Não pode fazer isso com ela!"

Cesário pareceu vacilar ao ouvir o nome da mãe de Jaques.

"Sumam daqui!"

Tomás trocou um olhar rápido com Evaldo, e juntos cobriram Jaques com uma roupa, apoiando-o para sair.

Ao chegarem à porta, Tomás lançou um olhar significativo ao segurança que segurava o chicote e assentiu levemente.

Sabendo que a Família Pires havia interceptado a parceria, Tomás previu problemas e avisou previamente o segurança próximo a Cesário.

...

De volta ao seu próprio pátio, Antônio tinha acabado de chegar.

Ao notar as manchas de sangue no chão, seu rosto se contorceu em uma expressão preocupada. Ele disse: "Vamos, entre para eu examinar você."

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