Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 216

Plaft!

O rosto de Lucas virou abruptamente com o impacto do tapa de Adriana.

Sua feição instantaneamente se contorceu, ficando terrivelmente distorcida.

Em um instante, ele segurou firmemente o pulso de Adriana e a puxou para mais perto:

"Você também o tratava desse jeito?"

"Me solta!"

Adriana tentou se desvencilhar com todas as suas forças, mas acabou sendo lançada sobre a cama do hospital.

Por causa da inércia, ela não conseguiu evitar que os documentos no pé da cama caíssem no chão.

Papéis espalharam-se, e um deles chamou sua atenção: tinha a assinatura de Lucas.

Como se tivesse descoberto algo revelador, ignorou a dor e pegou o papel com mãos trêmulas, examinando-o repetidamente.

"Essa é a sua assinatura?" - Adriana apontou para o nome no documento.

"Sim."

Lucas reconheceu que era apenas um recibo do hospital e não deu muita importância.

Adriana percebeu que havia interpretado tudo errado.

"O vestido que usei no concurso não foi você quem comprou, certo?"

"..." - Lucas permaneceu em silêncio, claramente desconfortável.

"A carta do advogado processando os fãs de Eunice também não foi você, certo?" - Adriana recordou-se de cada evento do passado, sentindo uma amargura crescente a cada palavra que pronunciava.

Lucas tentou desviar o assunto: "Adriana, isso não importa agora. Você prometeu que, independente do que eu fizesse, nunca me odiaria."

"Então você acha justo me enganar?" - Adriana sacudiu o papel em sua mão, com as veias do pescoço saltadas.

"Adriana, eu fiz tudo aquilo porque me importo com você..."

"Cala a boca! Pare de usar essa desculpa patética! É repugnante... absolutamente repugnante!"

Adriana amassou o papel e o atirou no rosto de Lucas.

Ele desviou instintivamente, o que deu a Adriana a oportunidade de escapar. Sem hesitar, ela correu para fora do quarto, sem olhar para trás.

Atrás dela, Lucas a chamava desesperadamente:

"Adriana, Adriana..."

Do lado de fora, a chuva fria se misturava às lágrimas quentes que deslizavam pelo rosto de Adriana, tornando impossível distinguir uma coisa da outra.

"Não sei o que é verdade ou mentira, mas sei que você está tremendo de frio. Vamos entrar agora."

Adriana permitiu ser guiada.

Enquanto cruzavam o jardim, seus olhos captaram uma figura caminhando apressadamente em direção à ala mais isolada da Mansão Torres.

Seu olhar fixou-se na estrutura imponente ao fundo, com um desconforto inexplicável surgindo em seu peito.

Ela segurou a mão de Victoria e perguntou: "Mamãe... aquele é o tio?"

Victoria olhou na mesma direção e chamou: "Querido, querido..."

Tomás parecia envolto em algum assunto urgente. Seu passo tornava-se mais acelerado a cada instante, sem notar Victoria e Adriana.

Victoria olhou ao redor, confusa: "Ele está indo para a capela? Não há nenhum evento familiar agora... o que ele está fazendo indo até aquele lugar?"

A capela.

Adriana ficou imersa em pensamentos, com uma memória distante emergindo de seu passado.

Em uma vida passada, por causa dela e de Estela, o senhor ordenou repetidas vezes que Jaques fosse até a capela e aguardasse por ele.

Depois disso, ela não via Jaques por uma semana inteira.

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