Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 178

O carro havia acabado de chegar ao pé do apartamento, ainda em movimento, quando o celular de Jaques tocou.

Adriana, ouvindo o som familiar, lançou um olhar rápido para o aparelho e, como esperado, era Eunice.

Depois de seu plano com os seguranças ter fracassado, Eunice certamente estava impaciente.

Dizer que isso não tinha nada a ver com ela era algo que ninguém acreditaria.

Não, Jaques acreditava.

Assim que atendeu a chamada, do outro lado veio o som de choro desesperado de Eunice.

Adriana, sentada perto da janela, não conseguia ouvir com clareza, mas era evidente que a voz de Eunice soava como se tivesse sofrido uma grande injustiça.

Jaques abaixou o tom de sua voz: "Estou indo agora."

Nesse momento, o carro finalmente parou, e Adriana, não querendo se aborrecer mais, rapidamente abriu a porta do carro e saiu.

Jaques estendeu a mão para segurá-la: "Tenho um compromisso e não posso descer. Vou pedir ao motorista para ficar e ajudá-la com suas coisas."

"Certo."

Adriana soltou a mão dele e saiu do carro sem olhar para trás.

Jaques observou sua figura se afastar, franzindo a testa por um momento antes de sinalizar para o motorista e Evaldo ajudarem com a mudança.

Pouco tempo depois, as malas de Adriana estavam empilhadas no térreo do prédio, mas Jaques já havia partido.

Ela ajustou a bolsa no ombro e se abaixou para pegar uma caixa de livros. Olhando para o motorista, pediu educadamente: "Por favor, poderia me ajudar a levar isso para o elevador?"

O motorista assentiu e se preparava para pegar a caixa, mas seu celular tocou.

Ele pegou o celular, viu o número e instintivamente bloqueou a visão, dando alguns passos para atender a ligação.

Um minuto depois, o motorista voltou, sorrindo para Adriana.

"Sra. Guerreiro, essas coisinhas a senhora pode levar sozinha. Antes de entrar para a Família Torres, provavelmente já estava acostumada com isso. O Sr. Jaques pediu que eu fosse buscar a Sra. Amaral agora."

Sra. Amaral?

É claro, como os assuntos dela poderiam se comparar com os da Família Amaral?

Adriana percebeu a mudança de atitude e respondeu friamente: "Pode ir. E, por favor, diga a ele que isso foi extremamente desagradável."

Adriana apertou o botão de fechar a porta, isolando-se daqueles comentários venenosos.

Depois de subir, ela começou a levar as caixas para dentro do apartamento, uma por uma, até terminar.

Pensando que ainda precisava dormir à noite, começou a arrumar o apartamento de dois quartos e uma sala, cuja disposição e decoração simples eram perfeitas para alguém como ela, que trabalhava fora.

Duas horas depois, Adriana estava exausta no sofá, encontrando uma posição confortável para pegar o celular.

A tela se iluminou, mostrando notificações sobre Jaques e Eunice.

[Eunice adoeceu. O Sr. Jaques a acompanha com devoção.]

A foto mostrava Jaques entrando apressado no hospital e, mais tarde, carregando Eunice nos braços ao sair.

Adriana encarou a imagem sem expressão. Aquela cena já não a surpreendia mais.

Ela deslizou a tela sem dar muita atenção, passando pelos comentários eufóricos dos fãs de Eunice.

Desligou o celular e, ao tentar colocá-lo na mesa de centro, a ferida na palma da mão tocou a borda da mesa, fazendo-a se encolher de dor.

Observando o corte levemente inchado, ela percebeu que nada havia saído como planejado naquele dia. Sem motivo aparente, seus olhos começaram a arder.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!