O carro havia acabado de chegar ao pé do apartamento, ainda em movimento, quando o celular de Jaques tocou.
Adriana, ouvindo o som familiar, lançou um olhar rápido para o aparelho e, como esperado, era Eunice.
Depois de seu plano com os seguranças ter fracassado, Eunice certamente estava impaciente.
Dizer que isso não tinha nada a ver com ela era algo que ninguém acreditaria.
Não, Jaques acreditava.
Assim que atendeu a chamada, do outro lado veio o som de choro desesperado de Eunice.
Adriana, sentada perto da janela, não conseguia ouvir com clareza, mas era evidente que a voz de Eunice soava como se tivesse sofrido uma grande injustiça.
Jaques abaixou o tom de sua voz: "Estou indo agora."
Nesse momento, o carro finalmente parou, e Adriana, não querendo se aborrecer mais, rapidamente abriu a porta do carro e saiu.
Jaques estendeu a mão para segurá-la: "Tenho um compromisso e não posso descer. Vou pedir ao motorista para ficar e ajudá-la com suas coisas."
"Certo."
Adriana soltou a mão dele e saiu do carro sem olhar para trás.
Jaques observou sua figura se afastar, franzindo a testa por um momento antes de sinalizar para o motorista e Evaldo ajudarem com a mudança.
Pouco tempo depois, as malas de Adriana estavam empilhadas no térreo do prédio, mas Jaques já havia partido.
Ela ajustou a bolsa no ombro e se abaixou para pegar uma caixa de livros. Olhando para o motorista, pediu educadamente: "Por favor, poderia me ajudar a levar isso para o elevador?"
O motorista assentiu e se preparava para pegar a caixa, mas seu celular tocou.
Ele pegou o celular, viu o número e instintivamente bloqueou a visão, dando alguns passos para atender a ligação.
Um minuto depois, o motorista voltou, sorrindo para Adriana.
"Sra. Guerreiro, essas coisinhas a senhora pode levar sozinha. Antes de entrar para a Família Torres, provavelmente já estava acostumada com isso. O Sr. Jaques pediu que eu fosse buscar a Sra. Amaral agora."
Sra. Amaral?
É claro, como os assuntos dela poderiam se comparar com os da Família Amaral?
Adriana percebeu a mudança de atitude e respondeu friamente: "Pode ir. E, por favor, diga a ele que isso foi extremamente desagradável."
Adriana apertou o botão de fechar a porta, isolando-se daqueles comentários venenosos.
Depois de subir, ela começou a levar as caixas para dentro do apartamento, uma por uma, até terminar.
Pensando que ainda precisava dormir à noite, começou a arrumar o apartamento de dois quartos e uma sala, cuja disposição e decoração simples eram perfeitas para alguém como ela, que trabalhava fora.
Duas horas depois, Adriana estava exausta no sofá, encontrando uma posição confortável para pegar o celular.
A tela se iluminou, mostrando notificações sobre Jaques e Eunice.
[Eunice adoeceu. O Sr. Jaques a acompanha com devoção.]
A foto mostrava Jaques entrando apressado no hospital e, mais tarde, carregando Eunice nos braços ao sair.
Adriana encarou a imagem sem expressão. Aquela cena já não a surpreendia mais.
Ela deslizou a tela sem dar muita atenção, passando pelos comentários eufóricos dos fãs de Eunice.
Desligou o celular e, ao tentar colocá-lo na mesa de centro, a ferida na palma da mão tocou a borda da mesa, fazendo-a se encolher de dor.
Observando o corte levemente inchado, ela percebeu que nada havia saído como planejado naquele dia. Sem motivo aparente, seus olhos começaram a arder.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...