Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 174

Jaques!

Sua voz grave atravessou a neblina fria da manhã, enquanto seus braços firmes a seguravam com facilidade.

Adriana ergueu os olhos e encontrou o olhar intenso dele, profundo e inescrutável, ficando brevemente atordoada.

Não era para ser a Victoria?

Descalça, ela sentiu o frio cortante do chão de azulejo sob seus pés, despertando-a instantaneamente.

"Minha mãe, onde ela está?"

"Ela torceu a cintura" - disse Jaques, com uma voz fria.

"Vou chamar um táxi, não precisa se incomodar, tio."

Após dizer isso, Adriana virou-se e começou a andar para frente, saltando em um pé só.

Atrás dela, Evaldo, segurando um chinelo perdido, ergueu-o com um olhar confuso:

"Sra. Guerreiro, seu sapato."

"Deixa pra lá... ah..."

A neblina matinal deixava o chão coberto de uma fina camada de orvalho.

Adriana mal deu dois pulos antes de escorregar novamente, caindo de forma desajeitada.

Uma mão firme a segurou com precisão, puxando-a para um peito sólido. O impacto a fez sentir uma dor surda reverberando pelo próprio corpo.

A mão que a segurava apertou levemente, mantendo-a no lugar.

Ele baixou o olhar, com a voz rouca, e falou em um sussurro que só eles podiam ouvir: "Desceu sem sutiã?"

Adriana ficou atordoada por um momento, desviando o olhar.

Quem dorme usando sutiã?

Além disso, ela esperava que Victoria viesse!

Ela tentou recuperar a compostura, colocando a mão entre eles para criar alguma distância, mas não conseguiu evitar que suas orelhas queimassem de vergonha.

"Estou usando uma jaqueta." - ela enfatizou.

Jaques nem sequer a ouviu, franzindo o cenho: "E se algum homem a tivesse visto?"

Adriana se mexeu, pressionando os lábios juntos: "Tio, isso é um dormitório feminino. Que homem estaria aqui além de você? Agora solte-me!"

"Além de mim."

Dizendo isso, Jaques lançou um olhar significativo para Evaldo, que ainda segurava o chinelo perdido.

A zeladora, por não estar usando seus óculos de leitura, espremeu os olhos e se inclinou para trás para examinar Jaques.

Adriana olhou para Jaques, que a observava com um leve sorriso, como se esperasse uma apresentação formal.

Ela hesitou por um momento: "Ele é... o meu tio. Ai..."

Antes que pudesse respirar aliviada, sentiu um beliscão discreto em sua cintura.

A visão da zeladora estava bastante comprometida, ela só conseguiu ver um homem alto de roupas pretas ao lado de Adriana.

Não podia ver claramente o rosto dele, mas sua presença era intimidante.

Instintivamente, ela não ousou perguntar mais, acenando com a mão: "Certo, vão logo!"

Antes que Adriana pudesse reagir, sentiu-se sendo erguida com facilidade nos braços de Jaques.

Ele olhou para a zeladora e disse calmamente: "Minha sobrinha é um pouco travessa, por isso torceu o pé."

A zeladora mal conseguiu conter o riso: "Travessa mesmo! Vão logo."

Jaques a carregou para dentro do dormitório.

Enquanto eles se afastavam, a zeladora sacudiu a cabeça, murmurando consigo mesma: "Os jovens de hoje são realmente interessantes. Acham que eu não entendo? Gostam de chamar os namorados de "tio". Qual é o problema? Mas essa forma de nomear é nova para mim, será que é alguma moda nova da internet? Melhor pesquisar depois."

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