Jaques!
Sua voz grave atravessou a neblina fria da manhã, enquanto seus braços firmes a seguravam com facilidade.
Adriana ergueu os olhos e encontrou o olhar intenso dele, profundo e inescrutável, ficando brevemente atordoada.
Não era para ser a Victoria?
Descalça, ela sentiu o frio cortante do chão de azulejo sob seus pés, despertando-a instantaneamente.
"Minha mãe, onde ela está?"
"Ela torceu a cintura" - disse Jaques, com uma voz fria.
"Vou chamar um táxi, não precisa se incomodar, tio."
Após dizer isso, Adriana virou-se e começou a andar para frente, saltando em um pé só.
Atrás dela, Evaldo, segurando um chinelo perdido, ergueu-o com um olhar confuso:
"Sra. Guerreiro, seu sapato."
"Deixa pra lá... ah..."
A neblina matinal deixava o chão coberto de uma fina camada de orvalho.
Adriana mal deu dois pulos antes de escorregar novamente, caindo de forma desajeitada.
Uma mão firme a segurou com precisão, puxando-a para um peito sólido. O impacto a fez sentir uma dor surda reverberando pelo próprio corpo.
A mão que a segurava apertou levemente, mantendo-a no lugar.
Ele baixou o olhar, com a voz rouca, e falou em um sussurro que só eles podiam ouvir: "Desceu sem sutiã?"
Adriana ficou atordoada por um momento, desviando o olhar.
Quem dorme usando sutiã?
Além disso, ela esperava que Victoria viesse!
Ela tentou recuperar a compostura, colocando a mão entre eles para criar alguma distância, mas não conseguiu evitar que suas orelhas queimassem de vergonha.
"Estou usando uma jaqueta." - ela enfatizou.
Jaques nem sequer a ouviu, franzindo o cenho: "E se algum homem a tivesse visto?"
Adriana se mexeu, pressionando os lábios juntos: "Tio, isso é um dormitório feminino. Que homem estaria aqui além de você? Agora solte-me!"
"Além de mim."
Dizendo isso, Jaques lançou um olhar significativo para Evaldo, que ainda segurava o chinelo perdido.
A zeladora, por não estar usando seus óculos de leitura, espremeu os olhos e se inclinou para trás para examinar Jaques.
Adriana olhou para Jaques, que a observava com um leve sorriso, como se esperasse uma apresentação formal.
Ela hesitou por um momento: "Ele é... o meu tio. Ai..."
Antes que pudesse respirar aliviada, sentiu um beliscão discreto em sua cintura.
A visão da zeladora estava bastante comprometida, ela só conseguiu ver um homem alto de roupas pretas ao lado de Adriana.
Não podia ver claramente o rosto dele, mas sua presença era intimidante.
Instintivamente, ela não ousou perguntar mais, acenando com a mão: "Certo, vão logo!"
Antes que Adriana pudesse reagir, sentiu-se sendo erguida com facilidade nos braços de Jaques.
Ele olhou para a zeladora e disse calmamente: "Minha sobrinha é um pouco travessa, por isso torceu o pé."
A zeladora mal conseguiu conter o riso: "Travessa mesmo! Vão logo."
Jaques a carregou para dentro do dormitório.
Enquanto eles se afastavam, a zeladora sacudiu a cabeça, murmurando consigo mesma: "Os jovens de hoje são realmente interessantes. Acham que eu não entendo? Gostam de chamar os namorados de "tio". Qual é o problema? Mas essa forma de nomear é nova para mim, será que é alguma moda nova da internet? Melhor pesquisar depois."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...