Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1281

Adriana levantou o olhar. "Você está escondendo algo de novo de mim?"

"Não é isso", Jaques explicou. "Essa história da Sra. Azevedo fazer cirurgia plástica, nem Antônio sabe ao certo. Hoje em dia isso não é nada demais, várias esposas de empresários do nosso círculo fazem pequenos procedimentos, isso não serve como arma contra ninguém."

"Então por que você mandou alguém procurar o médico dela? Deve ter outro motivo."

"Ela mexeu em lugares que não deveria. Está escondendo alguma coisa. E olha o jeito dela com o Hector: a ambição, a capacidade de aguentar humilhações… Você realmente acha que é o Hector quem manda na galeria de arte?"

Ele parou, pensativo, antes de perguntar.

Na mente de Adriana, surgiu a imagem de Filomena, com aquele sorriso que não chegava aos olhos.

"Você acha que é ela que está por trás de tudo na galeria?"

"Adotar a Íris desse jeito… Isso nunca teria sido ideia do Hector."

Só de ouvir isso, Adriana endireitou o corpo na cama, mas logo deitou outra vez, sentindo uma forte dor nas costas.

Antes que pudesse falar qualquer coisa, uma mão quente entrou por baixo da camisa, massageando sua lombar.

Ela piscou devagar, relaxando. "Por que ela quis adotar a Íris?"

"Quer dizer que eles têm outros planos. Os negócios dos Azevedo não se resumem só àquilo."

Ouvindo isso, Adriana ficou pensativa.

Enquanto refletia, o celular vibrou no chão.

Com a gola da camisa apertada, ela se debruçou no pé da cama para pegar o aparelho.

Era uma mensagem da Mariza.

"Adriana, será que vão roubar o estacionamento?"

"?"

"Passei ali agora e ouvi uns barulhos estranhos. Quer que eu chame a polícia?"

"Não precisa!"

Adriana respondeu num piscar de olhos.

Mal sabia ela que, atrás de si, um lobo já a observava novamente.

Deitada no pé da cama, Adriana se esticou, fazendo a camisa subir e mal cobrir o quadril.

Enquanto conversava com a Mariza, cruzava as pernas no ar, balançando-as.

Assim, deixou à mostra as marcas insinuantes na coxa.

Os olhos de Jaques, profundos como noite sem lua, não se desviaram dela nem enquanto ele bebia água de cabeça erguida.

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