“Aquele dia, combinamos a hora de chamar a polícia. Quando chegassem e confirmassem que ela tinha se suicidado, os credores não poderiam fazer mais nada. Mas, quando fui com os policiais, percebi que meu relógio estava dez minutos atrasado, e Gabriela já não estava mais lá. Disseram que viram ela andando de um lado para o outro na beira do lago por muito tempo e, de repente, pulou na água.”
Ao chegar nesse ponto, Victoria chorava ainda mais de dor.
“Fui eu que causei a morte da Gabriela. Se eu tivesse prestado mais atenção ao horário, com certeza não teria perdido a hora!”
“Ela deve ter achado que eu não apareci porque não quis ajudá-la, então, desanimou de vez e acabou mesmo se matando.”
Adriana interrompeu imediatamente: “Mãe, não chora agora. Você disse que seu relógio estava dez minutos atrasado?”
Victoria assentiu com a cabeça, levantou-se e tirou de uma gaveta um relógio bem antigo.
“Esses dias, quando falamos da Gabriela, peguei o relógio para olhar. Quanto mais eu penso, mais fico triste.”
Adriana analisou o relógio; dava para ver que era de boa fabricação.
Jaques estendeu a mão, pegou o relógio e o examinou de todos os lados.
“Esse relógio é bom por dentro e por fora. Naquela época, devia ser bem popular.”
Victoria assentiu: “Sim. Ele era pequeno e delicado, naquela época especialmente querido pelas mulheres que trabalhavam fora. As mulheres modernas quase todas tinham um. Eu também juntei dinheiro por um bom tempo para comprar o meu.”
“Um relógio feito para mulheres que trabalham precisa, além de ser bonito, ser preciso. Se tivesse um erro tão grande, nunca teria ficado tão popular a ponto de todo mundo ter um.” Jaques discordou.
“Isso... é verdade. Antes do que aconteceu com Gabriela, meu relógio nunca tinha dado problema.” Victoria respondeu sinceramente.
Jaques ficou olhando para o relógio, pensativo.
Adriana se aproximou: “Tem algum problema com o relógio?”
“Não, é de uma marca tradicional de Rivazul. Se levar para um relojoeiro experiente, acho que ele ainda funciona.” Jaques pesou o relógio na mão.
“Então, no que você está pensando?”
“Estou pensando que, se todo mundo tinha um, será que Gabriela também tinha?” Jaques perguntou.
Victoria, ao ouvir isso, assentiu imediatamente.
“Ela também tinha. Nós duas compramos juntas no Dia das Mães. Comprando duas, dava desconto.”
As palavras de Victoria fizeram Adriana lembrar repentinamente da lista da delegacia que Evaldo Castro tinha mencionado.
Lá estava registrado o que Gabriela tinha deixado no local antes de morrer.
Documento de identidade, carta de despedida, sandálias, além de um anel de prata e um par de brincos de prata.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Olá quando vai ter atualização...
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...