Segunda Chance, Não Pense em Fugir! romance Capítulo 1113

Um cheiro de desinfetante.

A mãe dela tinha se tornado dependente de remédios porque o médico, subornado pelo senhor, receitava tudo errado.

Por isso, ela nunca teve simpatia por médicos.

Ela respondeu friamente: "Quem disse que preciso falar com você?"

Antônio virou o rosto para ela: "Senhorita, vai se comunicar por telepatia, é?"

Janete semicerrava os olhos, os cílios longos projetando uma sombra gelada.

Antônio ficou surpreso. Os irmãos Jaques tinham todos a mesma característica: olhavam as pessoas de olhos semicerrados, o que deixava qualquer um desconfortável.

Mas ele não tinha feito nada contra ela, tinha?

Janete não quis perder tempo com ele, passou direto e apontou para a tela.

"O que vocês perceberam?"

Jaques e Bernardo ficaram em silêncio.

Para falar a verdade, aqueles poucos minutos mostravam cenas que não interessavam muito aos homens.

Tomando alguma coisa, comendo sobremesa, retocando a maquiagem, ajeitando o cabelo.

Após alguns segundos de silêncio, Mariza levantou a mão como uma criança comportada.

"Eu sei!"

"Ela não só trocou o batom, mas também o colar — na verdade, colocou outro colar."

Mariza pintava e era muito sensível a cores e detalhes.

Adriana, por sua vez, entendia de joias, então imediatamente retrocedeu as imagens conforme a dica de Mariza.

Depois que Justina terminou de arrumar o cabelo, realmente apareceu mais um colar no pescoço dela.

Como a cor combinava com o conjunto, era fácil de passar despercebido.

Adriana ficou por um instante encarando o detalhe do colar, meio surpresa.

Janete percebeu e sorriu: "Percebeu, né?"

Adriana respondeu com um hum e assentiu.

"Esse colar fui eu que desenhei no ateliê. Acho que ainda está à venda."

Depois de alguns segundos pensando, ela despertou de repente.

Voltou mais uma vez o vídeo, apontando para Justina, que se mirava no espelhinho do estojo de pó.

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