Fernanda hesitou antes de falar, despertando a curiosidade de todos, que imediatamente voltaram seus olhares para Tomás e Victoria.
Victoria estava pálida, e seus lábios vermelhos destacavam-se ainda mais em contraste.
Tomás apertou firmemente a mão dela, seu rosto normalmente sereno exibindo um desconforto visível. Ele queria dizer algo, mas tinha bebido tanto na noite anterior que não se lembrava de nada, e tudo o que sabiam sobre o ocorrido vinha dos relatos de Victoria.
Sem provas, suas palavras não teriam crédito.
Nesse momento, Adriana olhou para ele, sinalizando com os olhos. De forma discreta, Tomás murmurou: "Está tudo bem."
"Que bom, senão eu me sentiria terrivelmente culpada." Fernanda disse, batendo no peito de forma teatral.
Ao ouvir isso, Cesário franziu a testa em questionamento: "O que aconteceu?"
Com um ar de dificuldade, Fernanda explicou: "Soube que o Sr. Tomás tinha um cliente com quem queria fazer negócios, então tomei a iniciativa de convidar ambos para um jantar, mas o Sr. Tomás e a Sra. Victoria beberam além da conta, e eu não tive escolha a não ser enviar o cliente embora mais cedo."
"Não esperava que a Sra. Victoria levasse o Sr. Tomás para cair no lixo da cozinha, um lugar infestado de moscas e com um cheiro insuportável."
"Preocupada com a saúde deles, acabei perguntando."
"Não é mesmo, Sra. Victoria?"
Assim que terminou de falar, muitos à volta da grande mesa cobriram o nariz e a boca, olhando para Victoria com desprezo.
Victoria, de lábios cerrados, permaneceu em silêncio, seu olhar se tornando cada vez mais sombrio.
Eunice tentou mediar a situação como se estivesse protegendo a todos: "Mãe, a Sra. Victoria não fez por mal, ela apenas não está acostumada com os jantares de negócios."
As palavras insinuavam que Victoria não só havia arruinado o negócio ao ficar bêbada, mas também tinha causado vergonha ao derrubar Tomás no lixo.
O patriarca, ouvindo isso, bateu seus talheres na mesa e se virou para Jaques: "Isso é verdade? Ou a Família Amaral está mentindo?"
Eunice olhou para Jaques, visivelmente chateada: "Sr. Jaques, minha mãe não mentiu."
Jaques, com uma xícara de café nas mãos, respondeu com desdém: "É verdade."
Do outro lado, Adriana abaixou a cabeça, e ao ouvir a confirmação, machucou seu dedo.
Hmph.
O amor de Jaques por Eunice era tão grande que ele estava disposto a trair seu próprio irmão.
Perfeito para calar a boca dessas duas!
Eunice e Fernanda nem tiveram chance de se esquivar, e uma grande quantidade de caldo de peixe caiu sobre elas, fazendo-as gritar como se estivessem sendo abatidas.
Até Jaques, que estava calmamente tomando seu café, foi atingido, sacudindo os resíduos do caldo de peixe de seu cabelo e terno, levantando uma sobrancelha para Adriana.
Adriana sentiu um aperto no coração, mas foi imediatamente trazida de volta à realidade pelos gritos aterrorizantes de mãe e filha da Família Amaral.
"Ah! Que calor! Socorro!"
"Adriana, você..."
Eunice tinha uma expressão de quem estava prestes a chorar, preparando-se para uma atuação. Mas hoje!
Era o palco de Adriana!
Sem dar chance a Eunice, Adriana subiu na mesa com a ajuda de um banco, agarrou restos de comida e atirou diretamente no rosto de Eunice.
Um osso de frango, roído por uma das tias, acabou caindo bem na boca aberta de Eunice.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Segunda Chance, Não Pense em Fugir!
Maisssssssssssssssssssssss ótimo...
Só tomara que Heitor não seja o pai 🙏🙏🙏🙏🙏🙏...
Filha de Gabriela será...
Adriana não é filha da vitória já sabemos...
Mistério puro...
Atualização quando...
Por favo, cadê as atualizações??...
Houve um erro importante aqui, a comida não era canjica e sim pão de alho...
Quero a continuação, atualiza por favor🥺...
Onde encontro o restante desse livro?...