Segredos do amor romance Capítulo 292

Embora Arthur se sentisse bem-sucedido nos seus feitos, sabia que não conseguiria conquistar o coração de Gael tão facilmente. Se algo desse errado, todos os seus esforços iriam por água abaixo.

Seu filho era jovem, mas tinha uma personalidade madura, exatamente igual à dele na infância, Pensando nisso, ele se enfureceu um pouco, pois tal característica era o que dificultava a conquista do menino.

Depois que Nicole terminou, ela levou Zack para brincar, e Gael ficou para ajudar Arthur a limpar a mesa. Apesar da pouca idade, ele não reclamava e era bom nas tarefas domésticas. Enquanto isso, Arthur o observava silenciosamente. “Deixe que eu limpo. Vá brincar com os outros.”

Mas o menino não aceitou a sugestão. “Não, obrigado. Mamãe disse que devemos colaborar. Posso dar a minha contribuição.”

Arthur riu. “Deve colaborar?”

“Sim.”

Depois de refletir, Arthur sorriu. “Claro. Então, diga algo bom sobre mim à sua mãe? Você não terá colaborado se não disser coisas positivas sobre mim.”

Atônito, Gael ergueu a cabeça para olhar o homem.

Ao ver o olhar de seu filho, o homem perguntou com um sorriso. “Qual é o problema? É uma tarefa difícil para você?”

Então, ele viu o garotinho franzindo os lábios sem dizer nada. A cena fez Arthur suspirar e se agachar para falar com ele: “Gael?”

“Sr. Night?”

“Você me odeia tanto assim?”

Talvez o verbo ‘odiar’ fosse muito forte.

“Não! Não odeio você.”

“Você não me odeia, certo? Mas gosta de mim? Concordaria se eu dissesse que queria ser o seu pai?”

Gael olhou para ele, ainda sem dizer nada.

Mas Arthur não estava ansioso. Os dois se encararam silenciosamente por um longo tempo, até que a criança disse: “Senhor, não sou eu quem decide isso.”

“Então quem deve tomar a decisão? Sua mãe?”

“Sim.”

“Isso significa que você concordará se a sua mãe concordar?”

Mesmo sem responder, a expressão e atitude da criança já demonstravam consentimento. No entanto, isso também dificultava as coisas para Arthur, porque ele desconfiava que pudesse não reconquistar Victoria, mesmo conquistando as crianças. Era ainda mais impossível cogitar a ideia de o casal viver juntos novamente.

Na verdade, havia outros métodos para conseguir os seus objetivos. Afinal, ele era o pai das crianças e poderia facilmente forçar Victoria a voltar para ele. Entretanto, como Tenório lhe disse, Victoria o deixou há cinco anos porque ele a machucou. Que direito ele tinha de exigir que ela voltasse?

Gael moveu os lábios, mas não disse nada. Ardiloso.

“Mas eu vacilei! E ela se recusa a me ver. Quero compensá-la de alguma maneira. Você poderia me ajudar a manter isso em segredo?”

“Você vai machucar a minha mãe?”

“Nunca! Prometo que nunca machucarei a sua mãe.”

O garotinho parecia já ter refletido bastante, e Arthur esperou pacientemente pela resposta.

Levantando a cabeça, o menino respondeu: “Bem... Posso manter isso em segredo por enquanto.”

“Obrigado, Gaelzinho.”

“Posso chamar você de ‘Gaelzinho’ de agora em diante?”

Soava um pouco estranho, pois era a primeira vez que ele o chamava de uma forma carinhosa.

Um tanto desconfortável, o menino respondeu: “Claro.”

Assim que Gael confirmou, Arthur esfregou a cabeça da criança e não recuou. “De agora em diante, você não precisa ficar tão nervoso e cauteloso quando estiver comigo. Seja como Nicole e tente confiar em mim.”

Ao ouvir isso, Gael começou a chorar. Ele tem razão. Mesmo que eu seja o irmão mais velho e tenha que agir com mais responsabilidade, só tenho cinco anos!