O porteiro olhou para ela como se fosse um palhaço: "Palhaço saltitante."
A Sra. Almeida esperou na porta por horas até Roberta sair.
A Sra. Almeida parecia como alguém que encontrou água no deserto, recebendo Roberta com alegria. "Roberta." Sempre que precisava de algo de Roberta, ela exibia um sorriso maternal.
No entanto, a expressão de Roberta estava gélida, extremamente fria.
Ao lembrar que a Sra. Almeida havia desviado a enorme fortuna que seu pai deixara para ela e ainda a maltratara, Roberta sentia um ódio crescente pela crueldade e insensibilidade da Sra. Almeida.
Sra. Almeida, entretanto, ignorou sua frieza. Com mãos magras, agarrou a manga de Roberta e implorou: "Roberta, sua irmã está doente. Apenas você pode ajudá-la agora."
O coração triste de Roberta abriu-se em uma flor radiante: "Doente? De que doença?" Sua voz estava particularmente alegre.
"Insuficiência renal."
O rosto rígido de Roberta não pôde mais conter-se, e a alegria genuína transpareceu pelas frestas.
"Ha ha." Ela começou a rir abertamente.
A Sra. Almeida olhou para Roberta, perplexa, totalmente diferente do que tinha imaginado.
"Roberta, sua irmã está doente. Uma doença terminal. Como você ainda pode rir?"
Roberta parou de rir, olhando para a Sra. Almeida com malícia: "Eu não deveria rir?"
Sra. Almeida ficou atônita, lentamente soltando a mão que segurava Roberta.
"Por quê?"
"Porque foi eu quem causou a insuficiência renal dela." Roberta sussurrou no ouvido dela, como uma trombeta tocada por um demônio.
Sra. Almeida ficou boquiaberta: "Por que você faria isso com ela? Você sempre foi tão gentil antes?"
Sra. Almeida estava confusa.
Roberta virou-se para Mariana Guedes: "Leve-a ao Hospital Geral para confrontar."
Mariana Guedes já tinha adivinhado que a irmã havia decidido deixar a Sra. Almeida confrontar o pai biológico, Huo Youguang. Uma grande cena estava prestes a acontecer. Mariana Guedes respondeu com firmeza: "Claro."
Ela, raramente de bom humor, ajudou a Sra. Almeida, colocando-a junto com a cadeira de rodas no carro.
Roberta não queria sentar-se ao lado da Sra. Almeida, então ela se sentou no banco do passageiro da frente.
Sra. Almeida estava extremamente preocupada: "Para onde você está me levando?"
"Roberta, eu ainda não tomei café da manhã."
Roberta tirou diretamente do bolso os fones de ouvido e os colocou. Assim, filtrou o ruído produzido pela Sra. Almeida.
A Sra. Almeida olhou para Roberta com um olhar trêmulo; a indiferença de Roberta fazia nascer nela um sentimento de desespero e impotência.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...