A Sra. Almeida estava ao lado, chorando copiosamente.
Luciana Almeida parecia finalmente perceber que a pessoa que mais a amava de forma incondicional neste mundo estava prestes a deixá-la. A partir de agora, ninguém a protegeria com tanto desinteresse. Ela também não conseguia conter as lágrimas.
Somente Roberta mantinha uma expressão serena.
Ela até conseguiu soltar algumas palavras cortantes: "Por que tanto choro? Quando ele estava vivo, você nunca mostrou respeito. Agora que ele morreu, você está encenando um teatro de amor filial? Luciana Almeida, não cansa de atuar a vida inteira?"
Luciana Almeida lançou-lhe um olhar furioso: "Roberta, ele é meu pai. Meu pai está partindo. Você tem ideia do quanto estou sofrendo?"
Roberta deu uma risada sarcástica: "Hum. Dizem que você está louca, mas vejo que não está. Você fingiu loucura e agora finge ser uma filha devotada. Onde está a loucura nisso?"
As pessoas ao redor olhavam para Luciana Almeida com olhares avaliativos.
Naturalmente, esses olhares estavam repletos de desprezo e desdém.
Luciana Almeida estava envergonhada e nutria um ódio especial por Roberta. Sempre queria dar o troco: "Roberta, continue se vangloriando. Afinal, não vai durar muito. Quando a verdadeira identidade de Roberto Gonçalves for revelada, será minha vez de apreciar o espetáculo."
O rosto bonito de Roberta ficou sério, e ela fixou o olhar em Luciana Almeida.
Todos diziam que ela estava louca, mas naquele momento seus olhos estavam claros e brilhantes, nada parecendo uma louca.
Suas palavras pareciam ter um significado oculto.
"Luciana Almeida, o que você quer dizer com isso?"
Quem poderia imaginar que, com a morte do Sr. Almeida, a Sra. Almeida parecia não ter mais nada a perder? Com os olhos vermelhos, ela usou suas mãos magras para bater em Roberta: "Você é a causadora de tudo, você o fez partir tão cedo. Você fez com que ele sofresse tanto no final da vida. Você é um verdadeiro infortúnio."
O ressentimento da Sra. Almeida parecia abrir as cortinas de um filme, onde a tela exibia todo o sofrimento e dor que Roberta suportou na primeira metade de sua vida.
Ela suportava o ódio irracional da Sra. Almeida: "Foi ele quem me maltratou, e você não consegue distinguir o certo do errado. Hoje, em seu luto, não vou discutir com você. Mas se continuar com esse comportamento irracional no futuro, não a perdoarei."
A Sra. Almeida gritava: "Vá embora. Ele não queria vê-la, e eu também não quero. Antes, eu a suportava apenas para que você pagasse as despesas dele. Agora que ele se foi, não tenho mais motivo para suportar você."
Foi então que Roberta compreendeu: "Então é isso, descartada após atravessar a ponte, não é?"
Sra. Almeida disse: "Como assim, 'cortar a ponte depois de atravessá-la'? Se não fosse por você ter mandado alguém machucá-lo, ele estaria tão debilitado assim? E se não fosse por você ter tomado sua propriedade, ele estaria desabrigado na velhice? Miranda Almeida, tudo o que fazemos está sendo observado, e seus atos maldosos um dia serão recompensados."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...