"Vocês não estão apenas se aproveitando do fato de que a mãe do Rob morreu cedo e que os avós são idosos para intimidá-lo porque ele não tem ninguém para defendê-lo?" Roberta exclamou furiosa.
Salvador Gonçalves parecia tão injustiçado quanto uma personagem trágica, andando de um lado para o outro desesperado: "O que eu preciso fazer para você acreditar em nós?"
"Eu juro, nós nunca vendemos o Roberto Gonçalves. Se eu estiver mentindo, que eu não tenha um fim digno."
O juramento de Salvador Gonçalves deixou Roberta confusa.
Seu olhar recaiu novamente sobre o álbum de fotos...
Ela estava perplexa, como uma pessoa poderia ter duas vidas completamente distintas?
Será que Roberto Gonçalves teria um irmão gêmeo?
Só assim tudo faria sentido.
Mas se ele tivesse um irmão gêmeo, Rafael Gonçalves não saberia? Isso não fazia sentido.
"Salvador Gonçalves, me deixe sair." Roberta decidiu que precisava sair dali imediatamente.
Salvador Gonçalves rapidamente desamarrou-a, implorando: "Roberta, não fique zangada, eu não queria te amarrar. Eu só estava desesperado para te explicar a situação, sei que se eu te chamasse para conversar, você não viria. Então recorri a esse último recurso."
Roberta, agora livre, deu um chute na perna de Salvador Gonçalves, irritada: "Se houver uma próxima vez, não vou perdoar você."
Salvador Gonçalves apenas riu de forma desajeitada, sem se ofender: "Sim, sim. Não haverá uma próxima vez."
Ele devolveu o celular dela com respeito.
No celular, Roberto Gonçalves tinha ligado para ela dezenas de vezes e enviado inúmeras mensagens.
Quando Roberta saiu do quarto escuro, já era fim de tarde. Ela pegou um táxi e voltou para o hospital.
Mas o médico informou que Roberto Gonçalves, ao saber de seu desaparecimento, insistiu em sair do hospital para procurá-la.
Ao ouvir isso, Roberta ficou um pouco abalada.
Ela sentia-se culpada em relação a Roberto Gonçalves.
Imediatamente ligou para ele, e ele atendeu quase instantaneamente: "Irmã, onde você está?"
Ela tinha tantas perguntas guardadas, pronta para confrontar Roberto Gonçalves. Mas ao abrir a porta do quarto dele, viu-o sentado em uma cadeira de rodas, o gesso já removido, uma perna coberta de sangue, e diante dele, um computador, exibindo seu paradeiro após o sequestro.
O chão estava coberto de papéis, todos com diagramas e análises que Roberto Gonçalves havia feito para rastrear seus movimentos.
Em tão pouco tempo, ele havia se informado de seus passos melhor do que ela mesma, demonstrando o quanto estava preocupado.
Suas dúvidas sobre ele pareceram especialmente cruéis. Roberta calou-se envergonhada.
Apenas se aproximou dele, ajoelhando-se e apoiando a cabeça em seu colo.
"Desculpe por te preocupar."
Roberto Gonçalves acariciou carinhosamente sua cabeça: "Irmã, se você não voltasse, eu teria enlouquecido."
"Ele não te machucou, não é?" Roberto Gonçalves perguntou, inspecionando-a cuidadosamente.
Roberta respondeu: "Ele não fez."
Roberto Gonçalves ficou surpreso por um momento e, fingindo desinteresse, perguntou: "Por que ele iria sequestrar você?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Se a Memória me Trai com Você, Escolho a Amnésia
Estória muito boa, porém atualização q é difícil...