— Sim, eu vou subir daqui a pouco. Mas me diga, menina, como você se machucou? Isso não parece uma queda, parece mais que alguém te bateu.
Amanda analisou Scarlett por um momento e percebeu que os machucados dela eram claramente resultado de agressão.
Scarlett desviou o olhar, tentando disfarçar:
— Não foi nada.
— Você está sofrendo violência doméstica, não está? Pode me contar, viu? Você me ajudou agora há pouco, e eu vou te ajudar a resolver isso de uma vez por todas.
Amanda, ao ver a expressão de Scarlett, concluiu automaticamente que ela era vítima de violência doméstica.
— Olha, deixa eu te dizer uma coisa: homem nenhum pode ser mimado. Se ele ousar levantar a mão pra você, tem que revidar, entendeu? Não deixe barato.
Scarlett não sabia se ria ou suspirava diante da situação:
— Não é violência de namorado, mas é quase isso. Foi o meu irmão que fez isso.
Amanda ficou indignada:
— Seu irmão? Que tipo de homem faz uma coisa dessas? Se eu tivesse uma filha e meu filho ousasse encostar um dedo nela, eu quebraria as pernas dele! Como ele pode fazer isso com a própria irmã?
Ela olhou diretamente para Scarlett, determinada:
— Quem é o seu irmão? Me diga o nome dele. Eu conheço os melhores advogados. Vou garantir que ele pague por isso.
— Não precisa, eu posso resolver sozinha. Mas obrigada, linda.
Amanda, ao ouvir Scarlett chamá-la de “linda”, ficou vaidosa. Ela passou a mão no rosto, orgulhosa:
— Linda? Você acha mesmo? Ultimamente, eu estava pensando que minha pele não estava tão boa. Eu já poderia ser sua mãe, sabia?
— Mas a senhora parece muito jovem.
Amanda ficou ainda mais animada com o elogio:
— Menina, será que você pode me ajudar com uma coisa? Me leve até a área VIP do hospital, só diga que eu sou sua parente. Pode ser?
— Claro.
Amanda ficou surpresa:
— Você não vai perguntar por quê?
— Não tem nada o que perguntar. — Scarlett se levantou. — Vamos logo. Eu já estava pensando em voltar para o meu quarto mesmo.
— Vocês... Você está bem? Ela disse alguma coisa?
— Nada demais. Só me perguntou onde ficava um lugar.
Scarlett notou que Henry parecia nervoso. Ela estreitou os olhos e perguntou:
— O que foi? Você conhece aquela mulher?
— Você não conhece? — Henry analisou o rosto de Scarlett, tentando decifrar se ela estava sendo honesta. — Ela só te perguntou por um lugar? Foi isso?
— Sim. Eu não a conheço. Ela me pareceu uma daquelas mulheres ricas, sabe? Bem vestida, com uma pele incrível.
Scarlett levantou a cabeça e o encarou:
— Mas você conhece, né?
Henry hesitou, claramente sem saber como responder.
Antes que Henry pudesse dizer qualquer coisa, os celulares dos dois tocaram ao mesmo tempo.
Scarlett imediatamente percebeu que o alerta do programa que monitorava o celular de Amelia havia sido acionado. Ela sabia o que isso significava: Amelia tinha acabado de entrar em contato com o pai.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Renascida para Romper Laços com os Irmãos
Que livro maravilhoso amo heroínas durona que não se deixam ser pisadas, espero que tenha continuação...