Scarlett não disse nada, e Henry também permaneceu em silêncio enquanto abria os talheres sobre a mesa.
Os dedos dele eram longos e bem definidos, e cada movimento parecia elegante, até mesmo os mais simples.
— O que foi? — Perguntou Henry, notando o olhar dela.
Scarlett desviou o olhar e sorriu de leve:
— Você tem esse rosto tão... Chamativo, e ainda não quer que as pessoas olhem?
Henry estreitou os olhos, desconfiado:
— Você tá me elogiando ou me xingando?
Que tipo de pessoa elogiar um homem chamando-o de "chamativo"?
— Não tô te xingando. Na verdade, você é bem bonito.
— É o seu tipo? — Henry perguntou, direto.
A pergunta foi tão inesperada que Scarlett deixou o garfo cair. Ela abaixou rapidamente para pegá-lo, tentando esconder o nervosismo.
Será que ele tinha percebido alguma coisa? Ou estava brincando de propósito?
Scarlett pegou o garfo do chão, mas Henry tirou-o da mão dela antes que ela pudesse usá-lo. Ele colocou um garfo novo na frente dela e pegou outro para si.
Ela não respondeu à pergunta dele, e Henry também não insistiu. Era como se ele nunca tivesse dito nada.
Henry lançou um olhar para ela. Scarlett estava de cabeça baixa, mexendo no celular, ignorando-o completamente.
Ele sabia que tinha feito a pergunta de propósito. Ver Scarlett tão próxima de Daniel o incomodava mais do que ele gostaria de admitir.
Quando Henry estava prestes a dizer algo, a porta se abriu e o garçom trouxe os pratos.
Assim que Scarlett viu a comida, seus olhos brilharam. Ela pegou os talheres e começou a comer com total concentração.
Henry observou em silêncio. Ele notou que os pratos haviam sido escolhidos de acordo com o gosto dele. Um sorriso discreto apareceu em seus lábios.
Os dois comeram em silêncio. Quando Scarlett terminou, estava visivelmente mais relaxada e de bom humor.
Foi só então que ela percebeu que Henry já havia terminado de comer fazia algum tempo. Ele estava olhando diretamente para ela, com uma expressão tranquila e intensa.
Scarlett ficou um pouco sem graça:
— Por que você tá me olhando assim?
Ela pegou um guardanapo e limpou a boca, mesmo sabendo que não havia nada lá.
Henry apoiou as mãos na mesa:
— Tá se sentindo melhor agora?
— Sim, bem melhor.
— Sobre aquela pergunta que você fez ao Daniel... Eu posso te dar uma resposta.
Scarlett parou de mexer no celular e olhou para Henry. Seus olhos estavam cheios de expectativa, mas também de hesitação.
Scarlett tentou protestar:
— Não era pra eu pagar?
— Sim, você tá pagando. Só que eu tô pagando a conta. — Disse ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
A dona do restaurante apareceu sorrindo:
— É claro que o namorado tinha que pagar. Faz parte!
Ela parecia encantada com o casal bonito à sua frente.
Henry entregou o cartão sem corrigir a dona do restaurante. Scarlett abriu a boca para explicar, mas antes que pudesse dizer algo, ouviu uma voz atrás dela:
— Scarlett? É você mesmo?
Ela se virou e viu Amelia entrando no restaurante. Amelia olhou para ela e para Henry, e um sorriso de superioridade apareceu em seu rosto:
— Então vocês estão saindo? E vêm comer em um lugar tão... Simples? Que deprimente.
Amelia deu de ombros, como se fosse um gesto casual, mas sua voz carregava um tom condescendente.
— Meu namorado, Finnian, me prometeu um jantar na Quinta do Paladar. Você já ouviu falar, né? Só gente de classe vai lá. Pra ser membro, a pessoa precisa gastar pelo menos um milhão.
Scarlett ficou em silêncio por alguns segundos, processando a informação. Quinta do Paladar? Ela tinha a impressão de já ter ouvido esse nome antes.
Instintivamente, ela virou a cabeça para olhar para Henry.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Renascida para Romper Laços com os Irmãos
Que livro maravilhoso amo heroínas durona que não se deixam ser pisadas, espero que tenha continuação...