Renascida para Romper Laços com os Irmãos romance Capítulo 340

Henry deu um leve peteleco na testa de Scarlett e perguntou:

— No que você está pensando?

— Nada. — Scarlett respondeu, evitando o assunto. Mas, em sua mente, ela já havia decidido que resolveria tudo com Alexander, até o último detalhe.

Logo o carro parou na entrada da universidade. Scarlett olhou para Henry e disse:

— Vou voltar para o campus. Não se esqueça de evitar molhar o braço nos próximos dias, nada de banho no ferimento.

Henry franziu levemente a testa, mas não disse nada.

Scarlett abaixou a cabeça, abriu sua bolsa e tirou quatro pequenos curativos. Com cuidado, ela os colou ao redor do ferimento dele.

— Assim está resolvido.

— Isso é à prova de água? — Henry perguntou, com um olhar cético.

— Não é. Mas vai me ajudar a saber se você molhou o braço no banho. — Scarlett respondeu, com um sorriso travesso. — Até mais.

Ela saiu do carro e entrou na universidade. Henry seguiu com o olhar o seu pequeno vulto atravessando o portão, então abaixou os olhos para o braço. Os curativos eram cor-de-rosa. Ele deixou escapar um leve sorriso. Aquela garota era realmente infantil.

Mesmo assim, ele não tirou os curativos. Deixou-os exatamente onde estavam.

Quando Scarlett desapareceu da sua vista, Henry virou o rosto. Sua expressão, antes descontraída, endureceu. Seus olhos ficaram sombrios e sua voz soou gelada:

— E aqueles idiotas?

Ele não havia feito nada diante de Scarlett, mas isso não significava que ele tinha esquecido ou perdoado o que aconteceu.

O treinador de boxe conferiu o celular antes de informar:

— Eles já foram pegos e levaram uma boa lição. O senhor quer que eu faça algo mais?

Henry abaixou o vidro do carro, apoiou o braço na janela e começou a bater os dedos longos e elegantes contra a moldura. Sua voz era fria como gelo:

— Costurem a boca daquele treinador e avisem para ele nunca mais abrir a boca para falar besteira. Depois, façam com que eles testemunhem contra o Amadeu. Quero que ele apodreça na cadeia.

O treinador de boxe assentiu prontamente. Gente como Amadeu realmente merecia passar o resto da vida trancada. Solto, ele só seria mais um problema para a sociedade.

Henry lançou um olhar em direção aos dormitórios da UFSA, seu olhar distante e pensativo.

Nesse momento, o celular dele tocou. Ao ver o nome no visor, ele hesitou por um instante antes de atender:

— Oi, mãe.

— Fiquei sabendo que você se machucou? — Amanda perguntou, com um tom de preocupação.

— Você acha que eu não tentaria? Mas você a protege tão bem que não consegui descobrir nada. Dá para imaginar o quanto ela é importante para você. — Amanda respondeu, um pouco irritada.

Se Henry não se importasse, ele não teria tomado tantas precauções.

Depois disso, o silêncio se instaurou na ligação. Amanda suspirou e, por fim, desligou.

Henry olhou para o celular por um momento antes de ligar para Daniel. Do outro lado da linha, ele ouviu o som alto de música de bar.

— Onde você está? — Perguntou Henry.

— Estou no bar, irmão. Quer vir também?

— Passe uns dias em casa cuidando da mamãe. Pare de ficar vagando por aí.

Henry encerrou a ligação sem esperar uma resposta. Com Daniel em casa, Amanda teria menos tempo para se preocupar com ele.

O treinador de boxe, que estava no banco do motorista, falou com nervosismo:

— Sr. Henry, foi um erro levar o senhor ao hospital da sua família. Eu não deveria ter feito isso.

Ele havia escutado a conversa com Amanda e percebeu que, ao levar Henry para aquele hospital, acabou expondo o incidente para a família dele.

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