Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 85

Helena Mendes sentiu um certo constrangimento, e José então nem se fale, estava completamente perdido.

Patrícia Ribeiro não deu mais bola: "Tio, tia, eu vou nessa."

Helena e José se apressaram em acompanhá-la até a porta, fazendo questão de levá-la até o começo da trilha.

Patrícia parou um segundo, e não aguentou, teve que perguntar.

"Tio, não é que tem um empresário querendo desenvolver turismo em Aldeia Galina? Se rolar a desapropriação por aí, o que vocês vão fazer com a grana?"

Numa cidadezinha, com pouco mais de um milhão dava pra comprar um apartamentão de quatro quartos.

Ao tocar no assunto, José se animou todo.

"Aquela dívida que meu filho deixou, ainda falta uma bolada pra pagar, eu quitaria isso e depois trocaria por um apê melhor. Patrícia, você veio com essa pergunta do nada, está sabendo de alguma coisa?"

José se lembrou que Patrícia tinha ido de carona com o tal empresário.

"Hmm, ainda não é nada certo, tio, mas planejem direitinho antes de decidir, vocês já estão nessa idade, não dá pra entregar tudo na mão da Yasmin Machado."

José deu uma tossida e falou: "Sua prima... ela é gente boa, só um pouco preguiçosa."

"Melhor não se meter com ela."

Patrícia Ribeiro viu que não ia convencer, trocou uma ideia rápida e pegou o carro pra vazar.

José ficou todo empolgado, mãos fechadas e o rosto corado de excitação.

"Se a Patrícia está perguntando, é sinal de que vão mesmo desapropriar a área. Mulher, vamos pegar um empréstimo e comprar as casas dos vizinhos. Se rolar mesmo, a gente multiplica nosso dinheiro."

Helena Mendes vacilou, sabendo que a vizinhança era de gente mais velha, ou com filhos trabalhando fora, ou apertados no mesmo barraco. Se fossem comprar as casas alheias sabendo de algo que os outros não sabiam, não iam arrumar treta?

"Mulher, vamos conversar com a Yasmin. A Patrícia ontem tava no carro com o empresário, ele deve ter soltado alguma informação. Isso é chance de ficar rico. Vamos vender o carro, a terra, pedir uma grana pra família. Com isso, a gente compra duas casas. Depois a gente vende e embolsa uma fortuna!"

Helena estava indecisa, mas as palavras do marido a tentaram.

Patrícia Ribeiro nem imaginava que seu comentário casual quase causou um desastre.

Ela estava pronta pra partir, quando percebeu que esqueceu o carregador do celular no Corenciano Hotel e teve que voltar lá.

Mas o trânsito estava um caos, com gente pra todo lado e sem planejamento algum, o carro andava na velocidade de uma tartaruga, deixando ela impaciente.

Mas Yasmin Machado, que tava ali perto, parecia que tava no maior gás, afastou o povo que tava na frente e já ia se oferecer.

"Presidente Souza, pega uma carona no meu carro, vai. Não é tão bom quanto o seu, mas olha, é uma BMW, e isso não é coisa que se vê todo dia por aqui, não. Até levei pra dar um trato ontem à noite, me custou uns três paus."

A galera ao redor não sabia se ria ou se chorava com aquele papo, se não fosse a situação toda, iam cair na gargalhada.

Mas a Yasmin Machado parecia nem se tocar do mico que tava pagando.

Patrícia Ribeiro não aguentou ver aquilo e foi lá, puxou a mão dela.

"Yasmin Machado, chega, né?!"

Yasmin deu de cara com ela e se sentiu culpada, pensou que a outra tinha ido embora. Mas, pensando melhor, viu que Patrícia não tinha nada que se meter e se encheu de razão de novo.

"O que é que você tem a ver com isso, hein? Já não tava de saída? Vaza!"

Mesmo sem se virar, Patrícia sentiu um olhar gelado nela, alguém a observava sem emitir som.

Por algum motivo, ela se sentiu envergonhada de repente.