Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 118

Maria Monteiro arrumou gelo pra ela, que fez compressa durante uma hora, mas ainda sentia a área inchada latejando de dor, principalmente quando espremia o pé no salto alto, parecia que tinha agulhas espetando a pele.

O suor frio já brotava na testa dela, mas se segurou firme e continuou se maquiando.

Maria Monteiro, vendo a situação, ficou com o coração apertado.

"Senhorita Ribeiro, quer que eu ligue pro Seu Souza e você vai outro dia?"

"De jeito nenhum."

Ela não podia falhar naquela festa, que era justamente para levantar o astral do Seu Souza. Ele sempre foi um doce com ela, e ela já tinha perdido a chance de buscá-lo no aeroporto outra vez. Naquela noite tão especial, não podia dar mancada.

Determinada, terminou de se arrumar, colocou a pulseira que o Seu Souza lhe deu e, fora isso, não usava mais nenhum acessório.

Mas ela era branquinha por natureza e tinha uma elegância natural, principalmente com o vestido que ressaltava a cintura, parecia uma ameixa de inverno.

Com a pulseira de jade no pulso, estava ainda mais radiante, um brilho puro e intocável.

Pronta, Patrícia Ribeiro não perdeu mais tempo, pegou o carro e partiu.

Só que mal tinha saído, o celular tocou. Era Lucas Ribeiro pedindo para ela passar na casa dos Ribeiro e levar Isabela também.

Patrícia franzia a testa: "Pai, pra quê Isabela vai, ela não está passando mal?"

"Ela está meio assim, mas quando soube da festa, quis dar uma animada. O Seu Souza adora você, levar mais uma pessoa não vai fazer diferença. Patrícia, ela é sua irmã, passou anos no hospital, sem ver muita coisa do mundo. Eu tô enrolado, deixa ela ir com você."

Patrícia não tinha nem raiva nem afeição por Isabela, só concordou.

Mudou o rumo para a casa dos Ribeiro, onde Isabela já estava pronta, esperando no vestido de festa.

Ela parecia frágil por causa da doença, dava dó.

Estela Cruz não brigou com Patrícia aquela noite, provavelmente sabia que precisaria da ajuda dela para Isabela entrar naquele evento.

Ela mesma queria ir, mas não ia abaixar o orgulho para pedir a Patrícia. Se deixasse Isabela ir, já tava bom.

Um homem com jeans rasgado chamou a atenção dela. Ele era jovem e estava na calçada devorando um pão, com uma fome de dar dó.

Patrícia Ribeiro tinha uma visão que era um arraso, e num piscar de olhos reconheceu o primo fugitivo, Rodrigo Pereira.

Já fazia uns bons anos que Rodrigo tinha dado no pé, deixando os pais e a esposa no interior, largando tudo de mão e ainda por cima, ficou devendo até as calças. O cara nem pra dar um sinal de vida nesse tempo todo.

Quando o tio e a tia falavam do filho, era só olho marejado, nunca imaginaram que o Rodrigo Pereira ia dar as caras na Cidade Capital.

"Para o carro."

Patrícia Ribeiro soltou essa, com o olhar fixo no cara, com medo de que ele sumisse na multidão.

O motorista freou na hora, e Patrícia abriu a porta do carro sem se importar com a dor latejando no tornozelo.

"Me espera aí."

Foi só o que ela disse antes de partir em direção ao Rodrigo Pereira.