Perseguida pelo Amor não Correspondido: O Renascer da Letícia romance Capítulo 45

Letícia Silveira não conseguia mais entrar em contato com Sérgio Pereira, nem mesmo se lembrava de quando haviam se falado pela última vez. Suas tentativas de telefonar só davam em linha morta.

Quando saiu da sala dos professores, a diretora também pediu que ela tentasse entrar em contato.

Depois do período de estudo matinal, Letícia foi até o local onde a água era servida e, enquanto enchia sua garrafa, olhou pela janela do segundo andar. No andar de baixo, sob a sombra de árvores escondidas, ela viu Márcia conversando com Marcos Rodrigues. A distância era grande demais para que Letícia pudesse distinguir as palavras.

Ela não se deixou distrair por muito tempo, mas voltou para a sala de aula.

Mas não demorou cinco minutos para Márcia retornar, com um semblante visivelmente alterado. Letícia, bebendo sua água, observava enquanto se preparava para a próxima aula.

Márcia estava diferente, de fato. Durante todo o dia, não trocou uma palavra com Letícia.

Durante a aula, a temida professora de física chamou Márcia para responder a uma pergunta. Letícia, recordando-se dos dias em que dividiam a carteira, sussurrou a resposta cuidadosamente.

No entanto, Márcia respondeu em alto e bom som: "Não sei".

Isso enfureceu a professora, que a repreendeu: "Não basta você não estar prestando atenção, você está com essa atitude! Você vai ficar do lado de fora da sala de aula pelo resto da aula".

Resignada e irritada, Márcia deixou seu livro sobre a mesa e se dirigiu à porta.

Até o final da aula, Márcia não disse uma palavra sequer para Letícia, que também não fez mais perguntas.

Ao sair da escola, Letícia avistou Marcos Rodrigues empurrando sua bicicleta no portão oeste. Ela se aproximou e ele, como de costume, pegou sua mochila.

Letícia sentou-se de lado no banco traseiro da bicicleta, segurando a roupa que cercava a cintura de Marcos e inalando o aroma de sabonete que emanava dele.

A voz de Marcos soou suave: "Marcia veio me ver hoje."

"Não preciso de presentes, apenas faça um jantar para mim, pode ser?"

Marcos assentiu sem hesitar: "Claro."

Até o dia da reunião de pais.

Na cidade do Rio.

No luxuoso interior de um Maybach, Helena Rocha estava vestida com um elegante vestido claro e tinha o cabelo preso em um penteado gracioso e delicado, sentada ao lado do homem ainda ocupado: "…Sérgio, lembro que hoje é a reunião de pais na escola da Letícia, se você estiver muito ocupado, pode me acompanhar."

A voz grave de Sérgio Pereira ecoou com uma breve afirmação: "Hum".

Helena Rocha instintivamente passou o braço em volta de Sérgio Pereira, encostando seu corpo esguio e frágil nele e, com sutileza, os contornos suaves de sua figura o tocaram casualmente: "É a primeira vez que vou à reunião de pais como cunhada de Letícia. Você acha que fico bem com esse vestido? Não quero me envergonhar na frente dela".

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