No dia seguinte.
O carro parou na frente do portão, com Rogério no assento de motorista e Wikolia ao lado dele.
Nicolás foi buscar Roseli e partiu quando os dois chegaram.
Ao acordar, recebeu a chamada de Nicolás, dizendo que a cunhada ia regressar a São André também e ele a buscava ao hospital primeiro.
Após cerca de 10 minutos, Nicolás apareceu na visão apoiando Roseli. Os dois se sentaram no banco de trás do carro.
O carro preto marchava na rua. Durante o caminho, ninguém disse nada, com o silêncio que dominava o espaço.
Ninguém tomou a iniciativa de falar e terminar esse silêncio, cada um tendo o seu assunto para ponderar.
Quando chegaram a São André, foram às 16h00. Rogério dirigiu o carro para a Mansão Schneider primeiro e foi à empresa depois que eles saíram do carro.
Vera estava tomando chá no sofá. Ao ouvir o som de pegadas, ela virou a cabeça e pegou surpresa:
- O que aconteceu a vocês?
- Nada especial. Vai se recuperar daqui a 1 ou 2 dias. - Nicolás explicou, reduzindo a gravidade intencionalmente.
- Porque não teve cuidado? Sobem e descansem encima. Vou pedir à empregada para chamar vocês quando o jantar estiver pronto.
Deitada na cama, Wikolia tomou um fôlego. Estava realmente um pouco sonolenta depois de ficar no carro por tanto tempo. Fechando os olhos, ela adormeceu em breve.
Ela dormiu até o anoitecer, com a iluminação acesa nas ruas.
Ela ouviu a voz da empregada lá fora no momento em que abriu os olhos. Dando um retorno, ela foi ao banheiro para lavar o rosto e desceu.
Vera, Roseli e Nicolás estavam todos sentados à mesa. Ela acelerou os passos e se sentou ao lado de Nicolás.
O jantar era um pouco oleoso. Antes de mexer o talhar, o cheiro já destruiu a apetite dela.
Mudando de cara, ela não tinha tempo de explicar e se precipitou ao banheiro diretamente.
Ela não parou de vomitar, como se tendesse a vomitar tudo no estômago. Por fim, até vomitou água azeda.
De rosto um pouco pálido, Wikolia ofegou um pouco, lavou a boca e voltou à mesa de jantar.
Vera percorreu o olhar por Roseli intencionalmente e pregou os olhos em Wikolia:
- O que se passa?
Wikolia sacudiu a cabeça, surpreendida por esse carinho:
- Mãe, estou OK.
- Foi ao banheiro para vomitar? - Vera continuou perguntando.
Ela acenou a cabeça.
- Faz 2 meses que você está grávida e é normal vomitar. Isso se deve ao jantar muito gorduroso hoje certamente. Amanhã vou mandar a cozinha para fazer algo leve e menos oleoso. Com uma mulher grávida aqui, é diferente do que era antes.
Com uma risada no rosto sofisticado, Vera disse gentilmente a Wikolia:
- Diga à cozinha o que quer comer e deixe-os fazer.
Que cuidado chocante!
Porém, o que está por trás desse cuidado chocante?
Wikolia sacudiu a cabeça sorrindo ao observar a expressão de Vera clandestinamente:
- Não precisa, mãe.
Ela sempre achava estranha a atitude de Vera na frente dela. Em comparação com os tempos anteriores, estava calorosa e cuidadosa demais...
Essa mudança, porém, a fez um pouco nervosa, pois não tinha como enxergar a intenção dela.
- Porquê não? Agora o que você come está sustentando duas vidas. Se não comer algo bom, como é que vai ter nutrição suficiente?
Se ouviu um tom meio ralhador nas palavras de Vera. Em breve, ela olhou para Roseli, que mantinha silenciosa:
- Está viva a mãe do seu noivo, a sua futura sogra?
Pausando um pouco o movimento da mão, Roseli tomava a sopa de peixe:
- Os pais dele já faleceram, restando ele sozinho.
- OK. Então como é que passa o puerpério?
- Cunhada, isso é muito longe para pensar agora.
- Porque longe? Vocês já são noivos, vão se casar daqui a pouco e terão bebé cedo ou tarde, não é? Olhe, Gé nem teve o processo de marcar o casamento, se casou só depois que você encontrou o noivo, mas o bebé dele já tem 2 meses! Você ainda não tem pressas? - Vera a cobrou sorrindo.
- Cunhada, você pode estar ansiosa para qualquer outra coisa, menos essa.
Roseli sorriu leve e pacificamente, mas com ponderações agitadas no coração.
Ela ouviu e percebeu claramente que Vera falava disso e a estimulava deliberadamente.
- Você tem razão. O bebé não necessariamente vem contanto que desejem. Agora, só estou no aguardo para ter neto ou neta ao colo. - Erguendo as sobrancelhas sofisticadas, Vera disse sorrindo.
Wikolia escutou silenciosamente. Afinal, mudou de atitude por causa do bebé na barriga dela.
Ela fez uma zombaria ligeira e continuava tomando a sopa.
Por outro lado, Vera serviu uma sopa para ela:
- Beba mais sopa de peixe, que é nutritiva.
- Obrigada, mãe. - Wikolia respondeu sem mexer os músculos da bochecha.
Roseli só bebia a sopa sem levantar a cabeça, de maneira que não tinha como ver a expressão dela.
Nicolás estava com aborrecimento ao ouvir essa conversa entre as mulheres. Acrescentou-se uma amargura no rosto bonito dele.
Nicolás ficou mudo, com uma mão na testa:
- Professora, podemos deixar de mencionar esse tópico tão triste aqui?
Ela desatou a rir e deu mais duas tapinhas nos ombros dele, falando de forma meio chateada:
- Já que tem tempo de brincar comigo, é melhor ir fazer o seu trabalho de casa. Como está o teste de inglês que eu te dei?
Ouvindo isso, ele se retirou do quarto à maior velocidade.
...
Vera já retornou ao quarto para descansar, restando Roseli sozinha na sala de estar.
Com a tranquilidade que finalmente voltou, Roseli também tomou um fôlego, pois Vera não parou de falar aos ouvidos dela.
Na verdade, Roseli não detestava o falar dela. Mas Vera estava sempre fazendo insinuações, ostentações e intrigas, seja intencionalmente ou não.
Esse comportamento e essa fala são realmente uma chatice.
Parece que Vera também mudou nesses anos. Por causa da idade ou de outras razões, enfim, ela se tornou mais vulgar.
Caso... Caso ela tome conhecimento do assunto de Sérgio, como é que ela vai reagir?
Roseli não tinha como imaginar. Porém, ela esperava que aquele assunto se resolvesse corretamente. De qualquer maneira, foi o irmão que fez algo errado a ela primeiro.
Uma figura alta entrou. Com o casaco preto nos braços, Rogério se viu casual e relaxada.
Ele percorreu o olhar por Roseli no sofá e encolheu o olhar de imediato, como se não tivesse a visto. Ele caminhou adiante e subiu sozinho.
Com a boca meio aberta, ela já estava prestes a saudá-lo, mas tinha que engolir as palavras. Sentiu embaraço, indignidade, além de uma dor entorpecida, que parecia ser espetada por agulhas.
Originalmente, ela pretendia cumprimentá-lo, mas ele nem teve contato de olhar com ela, como se ela fosse uma desconhecida.
No Município Santa Kiara, ela pegou o resfriado e ele a acompanhou por uma noite inteira. Ao tomar conhecimento do acidente dela, ele também se apressou ao Município Santa Kiara no primeiro horário.
Mas agora, a atitude dele estava tão indiferente.
Até...até a fez pensar que tudo o que aconteceu no Município Santa Kiara era nada mais do que uma ilusão dela.
Mas não foi uma ilusão. Foi acontecimento verdadeiro e real, em que ele a aguardou fora da UTI por 2 dias inteiros sem fechar os olhos.
Com uma ligeira mudança de expressão, Roseli colocou os pés no chão e caminhou atrás dele...
Todavia, era um pouco tarde. Quando ela subiu ao segundo piso, ele já tinha entrado no quarto, deixando apenas as costas para ela de maneira apática.
Comprimindo os lábios, Roseli queria sair. Mas ao ver a lacuna da porta, ela foi lá inconscientemente e se escondeu num canto escurecido fora da porta.
Talvez, até ela própria não entendeu o motivo desse ato.
Através da lacuna, a conversa dos dois chegou nitidamente aos ouvidos dela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Romance Amoroso Oriental
Sim, e o final? Ô coisinha sem pé e nem cabeça, kkkkkk...
No primeiro capítulo ele já tem que ir pro xilindró...
Cadeia, isso é estupro de incapaz. CADEIA, depois que sair da cadeia conversam. Antes ele tem que ser preso....
Gente estou em cólicas por novas atualizações....
Por favor libera mais capítulos da história de Wikolia e Rogério, já faz muito tempo que atualizou pela última vez,eu amo essa história e estou ansiosa pra lê a continuação...
Adorei a história porém acho que demora muito as atualizações dos episódios....