O Rei Lycan e sua Tentação Sombria romance Capítulo 17

NARRADORA

Em meio a rugidos, corpos se chocando, sangue no ar e violência extrema, um lobisomem pequeno aproveitava qualquer brecha pra se enfiar e atacar.

A lança mal conseguia atravessar as couraças dos inimigos, mas ele espalhava o caos por todo lado.

BAM! BOOM! GROARR!

A enorme Dracotélion levantou com as mandíbulas o corpo inteiro de um Brontocérax, jogando-o no ar e derrubando outros do rebanho.

Mas todas as escamas dela estavam cobertas de sangue, seus movimentos ficavam cada vez mais lentos, e vários buracos de chifres se afundavam em sua pele dura.

Mesmo assim, os ataques diminuíam. Os corpos dos Brontocérax caídos se acumulavam ao redor, as fêmeas fugiam com os filhotes e só restavam alguns machos lutando.

Os pássaros voavam gritando de medo, outros animais menores escapavam do perigo, a floresta inteira em pânico.

De repente, Drakkar foi descoberto por um Brontocérax macho e recebeu o ataque da fera de frente.

BAAAM!

Os chifres da besta bateram contra o escudo feito da mesma espécie, mas o animal era mais forte.

O corpo poderoso de Drakkar foi lançado no ar em alta velocidade e, o pior de tudo, direto na direção da fêmea enfurecida!

Quando o lobisomem viu aquelas mandíbulas enormes cheias de sangue e pedaços de carne, soube que se não agisse rápido, seria engolido até a morte.

A Dracotélion percebeu o ataque no ar. Suas patas dianteiras estavam ocupadas segurando um Brontocérax, então só conseguiu abrir a boca pra destruir o invasor.

Essa foi a cena que os três guerreiros viram ao chegar, atraídos pelo barulho.

Observavam o que acontecia na clareira desde a proteção da floresta.

Corpos amontoados de Brontocérax e, no ar, um guerreiro indomável rugindo, com o escudo duro de um lado e a lança na outra mão.

Ele se jogou direto no perigo, sem medo, atacando a Dracotélion de frente.

—Esse… esse é o Drakkar…

Ficaram sem palavras. O que seus olhos viam, seus cérebros não conseguiam entender.

—AAARRRGGG! —Com um rugido suicida, Drakkar colocou o escudo no peito e caiu direto nas mandíbulas da fera.

Seu corpo inteiro pendia no vazio, sacudido pelos movimentos da predadora, preso apenas pelas raízes com que havia amarrado os chifres no braço.

A fêmea deu um rugido tão forte que fez seus tímpanos tremerem.

Estava ferido, mas a adrenalina fervia nas veias—era a coragem dos desesperados.

Em meio a um mar de cadáveres de predadores, parecia o mais perigoso de todos, e com certeza era… o ser mais poderoso desse mundo, mesmo que ainda não soubesse disso.

*****

O sol seguia subindo e Lyra via, um por um, seus pretendentes aparecerem.

Alguns se enchiam de orgulho com as presas, outros cabisbaixos por terem se ferido e não caçado nada.

Sobreviver aqui não era fácil.

“Eu consigo caçar bichos muito maiores que aquele porquinho ali. Sério que acham que vão me impressionar com esses animaizinhos de estimação?”

Aztoria zombava, olhando pros cadáveres colocados na plataforma.

Mesmo assim, as outras mulheres da tribo olhavam com inveja, e os outros membros da matilha com olhos gananciosos pela carne.

Eram animais pequenos, não grandes predadores, mas ainda assim perigosos.

De repente, tudo mudou com a chegada de um lobo que arrastava com orgulho um corpo volumoso.

—É… é um Brontocérax?!

—O Ran caçou sozinho! Ele é muito forte!

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Rei Lycan e sua Tentação Sombria