Depois de seguirem caminhos diferentes, Anastasia ligou para Luana.
“O que foi? Está muito tarde.” Luana estava no hospital acompanhando Amélia, cuja recuperação corria bem.
Anastasia foi direto ao ponto. “Luana, ajude-me a transferir minha avó para outro hospital ou para outra ala, enfermaria, qualquer coisa. Quero que só você e eu cuidemos dela, mais ninguém.”
“Aconteceu alguma coisa?”, perguntou Luana.
Anastasia pressionou os lábios e perguntou: “Você acha que Stephan mentiria?”
“Bem... acho que não”, respondeu sua amiga. Mesmo que não gostasse dele, sabia que ele não faria algo indigno.
“Vou explicar quando voltar”, prometeu Anastasia.
“Tudo bem”, concordou Luana, sentindo-se desconfortável.
Anastasia passou a noite inteira arrumando suas coisas e deixou Ouisford sem demora.
Felizmente, as roupas feitas sob medida estavam prontas. A princípio foi a Ouisford porque acreditava que havia muitas tradições valiosas para aprender lá. Planejava ficar até junho, quando o vestido de Alexia estaria pronto, mas agora isso parecia impossível.
Estava bem ciente da influência das pessoas ricas, em especial porque Larissa ousou desafiar Stephan. Aquilo só mostrou que a força dos Pearson era similar a dele. Anastasia não queria enfrentá-los cara a cara porque não tinha certeza de quais outros truques eles e os Davidson tinham na manga.
Não se importava se a afetasse apenas, mas tinha de pensar no A.Moon. O ateliê era resultado do trabalho árduo dela e de Luana, além disso, os funcionários dependiam delas. Se algo acontecesse com o A.Moon, como os encararia?
E depois, Luana já tinha feito muito. Anastasia poderia decepcionar qualquer um, mas não sua amiga.
Ela voltou para Pendorf naquela noite.
De manhã, Luana já tinha conseguido transferir Amélia para uma ala diferente.
Durante o café da manhã, perguntou: “O que está acontecendo?”
“Stephan descobriu e me disse que os Pearson e os Davidson têm intenções questionáveis”, deu uma explicação breve.
Luana ficou atordoada a princípio, mas pouco depois assentiu. “Pessoas ricas são mesmo capazes de se rebaixar a esse tipo de nível. O que vai fazer?”
“Já organizei meu itinerário. Se alguém perguntar, diga que estou em viagem de negócios, e você não tem certeza de quando voltarei”, disse Anastasia. Não queria mais envolvimentos com Jorge e Eric.
Luana brincou: “Nem mesmo eu?”
“Se não tem nada importante para me dizer, não me ligue, por favor. Ando muito ocupada e o sinal do meu celular está fraco. Então, a menos que seja urgente, evite entrar em contato comigo”, respondeu ela parecendo distante.
“Está bem...”, disse Larissa decepcionada.
Anastasia desligou e voltou a trabalhar no vestido.
Do outro lado, Larissa desligou o celular e, voltando-se para Jorge, disse: “Seu tom de voz parecia normal, não sei o que ela pensa.”
“E também não sabemos o que Stephan disse a ela para fazê-la deixar Ouisford aquela a noite.” O rosto de Jorge mostrou sinais de desamparo pela primeira vez.
“Ela ainda não confia em nós”, comentou Larissa com uma careta. “Mas por quê? Não vamos machucá-la. Só queríamos que ela voltasse para casa.”
“Para ela, somos estranhos. Precisamos ir devagar. Primeiro, devemos tentar localizá-la”, disse Jorge conformado.
“Não há registros dela depois de retornar a Pendorf. Será difícil rastreá-la”, suspirou Larissa, com os ombros caídos de frustração.
A expressão de Jorge ficou séria. “Stephan deve ter descoberto algo e disse a ela, por isso ela está se escondendo de nós, mas ela poderia ter perguntado.”
“Se ela não nos aceita, como poderia perguntar?”, comentou Larissa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........