Rue balançou a cabeça.
— Não foi nada grave. Não precisa se preocupar, papai. Não culpe Seb também. Fui eu quem pediu para ele me ensinar a usar a arma... — Explicou Rue, enquanto Eugene franzia a testa, conhecendo a natureza gentil da filha.
— Você se machucou manuseando uma arma de fogo, filha... Foi a bala que machucou sua mão? Como pode dizer que não foi sério? — Eugene planejava conversar com Sebastian mais tarde, pedindo-lhe para não levar Rue em atividades perigosas.
— Não foi a bala... Eu só não consegui mirar direito porque me senti mal... A bala atingiu um poste de madeira. Eu me machuquei quando uma lasca me atingiu. — Rue explicou, aliviando Eugene.
Ele suspirou aliviado. Pelo menos não foi um tiro, mas ser atingido por um pedaço de madeira também era sério.
— Está doendo muito? — Ele olhou preocupado para a mão dela — Fraturou algum osso? —
— Não foi nada sério, papai. Só sangrei um pouco. — Tranquilizou Rue.
Eugene, apesar de compreensivo, lançou um olhar severo para ela:
— Você não tem permissão para fazer algo tão perigoso assim novamente! Você é uma criança, não deveria ter feito isso! —
Rue baixou os olhos e disse suavemente:
— Eu entendo. Eu atrapalhei seu trabalho por ter me machucado? Foi por isso que você parou de trabalhar e veio correndo? — ‘Ele não deveria estar em uma viagem de negócios no exterior?’
Ela percebeu que o pai havia retornado rápido demais. Ela não ficou ferida por muito tempo, mas ele apareceu imediatamente.
Eugene tossiu levemente e disse:
— Não, eu pretendia voltar hoje. Eu não te contei por que queria te fazer uma surpresa. —
— Mesmo!? — Rue olhou para ele, os olhos brilhando.
A menina fixou os grandes olhos nele. E embora Eugene soubesse que estava mentindo para ela, continuou falando:
— Claro, estou lhe dizendo a verdade. Você não atrapalhou nadinha meu trabalho. —
Sharon, que ouviu toda a conversa até ali, do lado de fora da sala. Se aproximou deles e disse:
— Irmão, Rue ainda não se recuperou totalmente do problema cardíaco... Ela precisou fazer um check-up agora há pouco e este é o resultado. Apesar da ausência de grandes preocupações, o médico destacou a necessidade contínua de cuidados. É crucial que ela evite experiências emocionais intensas e mantenha a estabilidade emocional constantemente. —
Eugene, ciente do problema cardíaco de Rue, olhou para o relatório médico e disse:
— Você tem conhecimento da condição cardíaca da Rue... Como pode consentir que Sebastian a levasse para praticar tiro!? Se algo sério tivesse ocorrido, como você me ressarciria? — Eugene ainda estava indignado com a situação.
— Desculpe, não sabia que Sebastian a levaria para a aula de tiro. A culpa é minha por negligenciá-los. — Admitiu Sharon.
— Sim, é tudo por causa de sua negligência! Se você fosse uma boa cuidadora, Rue não teria se machucado! — Eugene culpou Sharon.
Sharon já havia repreendido o filho por causa disso, então ela não queria que Eugene descarregasse a raiva nele também. Ela não teve escolha a não ser apaziguar a situação:
— Isso mesmo, é tudo culpa minha. Eu mesmo cuidarei dela durante esse período, está bem? —
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