O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 6

Celina encarava o teste de gravidez sobre a pia do banheiro da empresa, incapaz de desviar o olhar daquelas duas linhas cor-de-rosa. Positivo.

Seu coração batia descompassado, e sua mente estava um caos.

— O que eu vou fazer agora? — murmurou, passando as mãos trêmulas pelos cabelos.

Ela começou a andar de um lado para o outro, sentindo o desespero crescer em seu peito.

— Eu posso ser demitida… Não sei nem quem é o pai…

Sua respiração estava acelerada. Sua cabeça girava. Não fazia ideia de quantas semanas estava, e essa incerteza a aterrorizava.

Se fosse de César, seria um golpe do destino. Um último laço que a ligaria para sempre a ele, quando tudo o que queria era esquecê-lo.

Se fosse de Thor…

Celina apertou os olhos, recusando-se a terminar o pensamento.

As lágrimas escorreram pelo seu rosto. Ela não estava pronta para aquilo.

O som do telefone tocando na sala ao lado a fez prender a respiração. Ela ignorou, incapaz de se mover. O telefone tocou novamente. E novamente.

Na terceira chamada, Celina sentiu a irritação se misturar ao desespero.

— Droga, Thor! — sussurrou, limpando o rosto rapidamente.

Enquanto isso, no escritório, Thor revisava alguns contratos quando, impaciente, olhou para o Rolex no pulso. Seu olhar se estreitou.

— Celina já deveria ter voltado do almoço. — Seu maxilar se contraiu. Ele não gostava de atrasos.

Thor era um homem metódico. O fato de ela não ter retornado no horário exato certamente estava despertando sua impaciência.

E ele não era do tipo que esperava.

Thor se levantou da cadeira com o semblante fechado. Se Celina não estava atendendo, ele mesmo iria atrás dela.

Caminhou até a sala dela e encontrou o ambiente vazio.

— Celina?

Nenhuma resposta.

Ele franziu a testa e olhou ao redor, até perceber que a porta do banheiro feminino estava entreaberta.

Lá dentro, Celina olhava seu reflexo no espelho, as mãos trêmulas sobre a barriga.

— Como eu vou descobrir quem é o pai? — murmurou para si mesma.

A voz grave e impaciente de Thor ecoou pelo ambiente, arrancando-a de seu devaneio:

— Senhora Bernardes?

Celina respirou fundo, tentando recuperar a compostura.

— Estou indo, senhor.

Com rapidez, pegou o teste de gravidez, enrolou-o em um papel e guardou-o na bolsa. Quando saiu do banheiro, Thor estava parado com os braços cruzados e o olhar severo.

— O seu horário de almoço terminou há muito tempo — ele disse, sua voz carregada de irritação. — Já teve tempo suficiente para resolver qualquer assunto pessoal.

Celina sentiu o coração acelerar, mas manteve a postura firme.

— Isso não vai acontecer novamente, senhor.

Thor ergueu uma sobrancelha, como se duvidasse.

— Ótimo. Porque se acontecer, terá uma advertência.

Celina sustentou seu olhar. Thor percebeu que ela estava pálida, seu semblante visivelmente abatido. Ainda assim, manteve-se frio e implacável.

Ela abriu a boca para falar algo, mas antes que pudesse terminar a frase, Thor simplesmente virou as costas e saiu, batendo a porta com força.

Celina fechou os olhos com o impacto e murmurou:

— Eu odeio você. Tomara que meu filho não seja seu, porque isso seria o pior castigo que eu poderia receber.

Uma lágrima solitária escorreu pelo seu rosto. Ela a enxugou rapidamente, respirou fundo e voltou a trabalhar.

O resto do dia foi um tormento. Celina mal conseguia se concentrar, sentia o corpo pesado e a mente exausta. O enjoo vinha em ondas, deixando-a cada vez mais fraca.

Horas depois, o telefone tocou novamente.

— Traga o tablet com os arquivos atualizados da construção do novo shopping — Thor ordenou do outro lado da linha.

Celina fechou os olhos por um segundo, reunindo paciência, e foi até sua mesa pegar o dispositivo.

Ao entrar na sala de Thor, caminhou até sua mesa, preparando-se para mostrar as atualizações.

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