À noite, na mansão dos Ferraz, o choro de Clarisse ecoava pelo quarto, fino e aflito, cortando o coração de quem ouvia. Arthur estava na cadeira de rodas, segurando a filha no colo, balançando-a de um lado para o outro. Ela estava enjoada, sentindo cólicas, e, recusava qualquer tentativa de consolo. Não queria o colo da babá, nem o dele — só queria Zoe.
Ele mantinha a voz baixa, tentando transmitir segurança, mesmo com a ansiedade apertando o peito.
— Não fica assim, filha… papai está aqui. Mamãe já vem, amor… já vem.
Arthur já tinha tentado de tudo: mudança de posição, massagem na barriguinha, até cantarolar baixinho, mas nada funcionava.
No banheiro do quarto, Zoe terminou o banho às pressas. Ao ouvir os choros ainda mais altos da filha, seu coração disparou. Saiu enrolada apenas na toalha, com o cabelo pingando, e atravessou o espaço até a cama.
— Me dá ela lindo. — pediu, já abrindo os braços.
Arthur a entregou, o olhar tenso.
— Marquei consulta com uma pediatra excelente, mas ela só atende à tarde… — soltou o ar num suspiro pesado. — Amor, já fizemos de tudo… já usei tudo que sabia.
A babá, que estava perto, falou com delicadeza:
— Senhora, acho que essa fórmula não está fazendo bem pra ela.
Zoe olhou para a mulher e assentiu, ajustando Clarisse no colo.
— Eu também acho. Vamos ter que trocar essa fórmula.
A bebê continuava chorando, o corpinho inquieto. A babá deu um passo à frente.
— Senhora, deixa eu pegar ela pra senhora conseguir colocar uma roupa.
Mas Zoe balançou a cabeça, decidida.
— Só depois que eu conseguir acalmá-la.
Começou a niná-la, falando baixinho e com carinho:
— Shhh… calma, meu amor… a mamãe está aqui. Eu sei que dói, mas já vai passar, minha princesa.
O choro não cedia. Zoe ergueu os olhos para a babá.
— Por favor, providencia umas compressas morninhas. Vou colocar na barriguinha dela, igual minha mãe me ensinou.
— Sim, senhora. — respondeu a babá, saindo rapidamente.
Arthur, na cadeira de rodas, observava cada movimento dela.
— Amor… me dá ela, coloca sua roupa e depois deita na cama. Vamos colocá-la naquela posição que te ensinei.
— Vou fazer isso agora, depois eu penso em colocar roupa. — respondeu Zoe, ajeitando Clarisse.
Ela foi até a cama e sentou.
— O bom do barrigão é que ela fica encaixadinha na minha barriga — disse, com um meio sorriso. Olhou para a própria barriga e falou com carinho: — Está ouvindo, Miguel? Você aí no forninho já está ajudando sua irmãzinha.
Encostou-se nos travesseiros e posicionou Clarisse conforme Arthur havia ensinado. A bebê, sentindo o calor e o cheiro da mãe, se aninhou… e, instintivamente, começou a buscar o seio. Antes que Zoe pudesse reagir, ela começou a mamar.
Zoe arregalou os olhos, surpresa.
— Arthur… ela… ela está mamando!
Ele se aproximou mais, o olhar cheio de ternura.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...