Celina desbloqueou a tela e leu a mensagem:
"Bom dia, Celina.
Durante o dia, as reuniões serão exclusivas para os acionistas homens, então você terá a manhã e tarde livres.
Às 19h, um carro estará esperando na porta do hotel para levá-la ao jantar de negócios. Estarei te esperando lá.
Ah, deixei café esperando por você na mesa da sala.
PS.: Dormir ao seu lado pode se tornar um vício perigoso."
Celina não conteve o sorriso. Era um sorriso radiante, bobo, daquele tipo que foge do controle antes mesmo da razão se manifestar. Ela sentiu o friozinho na barriga, o coração acelerar.
— O que é isso, Celina? — sussurrou, fechando os olhos. — Você precisa se acalmar. Thor é inconstante. Um dia quente, no outro, um iceberg.
Tentou se levantar, afastar as lembranças da noite anterior, a forma como ele a tocou, como a abraçou… como sussurrou palavras sem dizer nenhuma em voz alta.
Mas era inútil.
A lembrança dele, o cheiro dele no travesseiro, a mensagem… tudo nela gritava o nome dele.
Ela sabia que estava se apaixonando. E isso a deixava apavorada.
A luz da manhã invadia suavemente a suíte luxuosa. Celina, ainda de robe e com um coque alto no topo da cabeça, caminhou até a sala onde encontrou a mesa de café preparada com delicadeza. Flores frescas, suco, frutas, pães variados… e, no centro da bandeja, uma fatia generosa de red velvet — seu bolo preferido.
Enquanto saboreava um pouco de suco, olhando pela janela de vidro o skyline de Dubai, Celina lutava contra os próprios sentimentos.
— Não crie expectativas — disse baixinho, para si mesma. — Não se deixe levar, não se permita cair… porque, se cair, talvez ele não esteja lá pra segurar.
Mas no fundo… sabia que já estava caindo.
Ela sorriu e bloqueou aqueles pensamentos. O coração bateu mais rápido. Voltou para mesa, pegou o celular e, antes mesmo de tocar na comida, tirou uma foto da mesa e mais outra do pedaço de bolo com o copo de suco, organizou o enquadramento com atenção e postou nos status do W******p com uma legenda simples, mas cheia de sentimento:
"Com o coração cheio" seguido de um coração vermelho.
Depois enviou as mesmas fotos para Tatiana, acompanhada da mensagem:
“Olha isso, Tati. Ele pensou em tudo…”
Minutos depois de postar, ainda sentada à mesa, Celina viu a notificação surgir na tela:
"Thor curtiu seu status".
Logo em seguida, uma mensagem:
"Espero que goste." — Ele havia comentado seu status.
Ela mordeu o lábio, surpresa e encantada. Seus dedos deslizaram rapidamente pela tela enquanto digitava:
"Como você sabia que red velvet é meu bolo favorito?"
A resposta veio em questão de segundos.
"Intuição."
Ele pausou, ainda com o celular nas mãos, ignorando completamente o que acontecia ao redor. Olhava a foto dela como se fosse algo raro, precioso. Murmurou para si mesmo, tão baixo que só ele ouviu:
— Mais uma coisa em comum… Também é o meu favorito.
Um meio sorriso escapou de seus lábios. Seu olhar ainda estava preso na tela, vidrado.
— Senhor Thor? — chamou o acionista, da ponta da mesa. — E então? Qual sua posição?
Thor piscou, como se só então voltasse à realidade. Olhou em volta, percebendo que a reunião seguia sem ele. Levantou-se de forma inesperada.
— Com a mesma beleza de quando eu te vi dormindo.
Celina sentiu o coração acelerar. Uma mistura de nervosismo e encantamento tomou conta dela.
— Thor… a gente precisa conversar.
— Eu sei — ele disse, sério agora. — Não estou fugindo disso. Só… tenha paciência. Confia em mim.
— Eu fico sem saber como lidar com você. Um dia é tão frio… no outro, tão perto.
— Eu não esqueci o que você me disse. Que a gente mal se conhece. — Ele fez uma pausa. — Mas o dia a dia vai se encarregar de mudar isso.
Ela permaneceu em silêncio, sentindo cada palavra ecoar dentro dela. Aquilo não parecia mais apenas um jogo. Não com aquele olhar.
— Preciso desligar. Interrompi uma reunião pra te ver. — Ele sorriu de canto. — Mas valeu a pena.
— Boa reunião, então — ela respondeu, ainda desconcertada.
A chamada se encerrou. Celina ficou ali, com o celular nas mãos, o coração disparado… e um milhão de sentimentos lutando dentro do peito.
Enquanto isso, Thor respirava fundo antes de sair da sua sala. Ajeitou o paletó, passou a mão pelos cabelos ainda levemente úmidos e vestiu novamente a expressão fria e dominante que o mundo dos negócios conhecia tão bem.
Quando voltou para a sala de reunião, os acionistas estavam murmurando entre si, confusos, tentando entender o que tinha acontecido. Conversas baixas se espalhavam pelo ambiente, mas assim que Thor entrou, um silêncio instantâneo tomou conta.
A energia dele preenchia o ambiente como uma tempestade prestes a cair.
Sem dizer uma palavra, Thor caminhou até a cabeceira da mesa, jogou o celular com firmeza sobre o tampo de madeira e encarou todos os presentes.
— Onde paramos?
A reunião retomou, mas ninguém ali ousou desviar os olhos ou questionar aquele homem implacável, cuja mente estava, naquele instante, dividida entre estratégias milionárias… e uma mulher que começava a desestabilizar suas certezas mais sólidas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...