O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 278

A noite em Nova York parecia ter sido feita sob medida para Gabriel e Ava.

O céu estava limpo, salpicado de estrelas tímidas que competiam com as luzes da cidade mais viva do mundo. O vento soprava leve, quase como um sussurro.

Gabriel, de alma leve e sorriso encantador, caminhava ao lado de Ava pela orla do Brooklyn Bridge Park, o blazer azul-marinho aberto, as mãos nos bolsos e um charme despretensioso em cada gesto. Ava, com sua postura firme e olhar analítico, caminhava ao seu lado com passos elegantes. Seu sobretudo bege realçava sua postura decidida. Ava era mulher de convicções, mas havia algo no jeito de Gabriel que a desarmava sem esforço.

— Essa cidade não cansa de surpreender. — disse Gabriel, olhando para o horizonte. — Mas hoje... você é o meu ponto turístico preferido.

Ava o olhou de lado, com um sorriso sutil.

— Isso foi brega. Mas, admito... um pouco fofo.

— Um pouco? — ele fingiu indignação. — Eu juro que no Brasil isso seria digno de um Oscar de romantismo.

Ela sorriu, balançando a cabeça.

— Brasileiro convencido.

— Americana incrivelmente linda. — ele devolveu com rapidez.

Mais tarde, durante o jantar no restaurante intimista, ele serviu o vinho com todo cuidado, já sabendo do gosto dela por vinhos argentinos. Gabriel como sempre, detalhista. O tipo de homem que presta atenção nas entrelinhas. E Ava, apesar de não ser do tipo que se deixa levar por gestos teatrais, se via tocada por cada escolha certeira dele.

— E pensar que éramos só uma coincidência improvável. — disse ela, mexendo na taça.

— Uma coincidência… mas bem-vinda — ele respondeu com um sorriso. — Eu vim para esse país disposto a viver. Cheio de planos e expectativas. Achei que conseguiria ganhar o coração de uma mulher, mas não foi possível. Então você apareceu... e bagunçou tudo do jeito mais perfeito. Confesso que estou me apaixonando por uma americana que fala com os olhos e argumenta melhor que metade dos advogados do Brasil.

Ela sorriu.

— Eu poderia argumentar que você está exagerando.

— E eu citaria cada detalhe do porquê não estou

Na dança sob as luzes da cidade, Gabriel a guiou com delicadeza. Mesmo com culturas e ritmos diferentes, seus corpos pareciam saber exatamente como se encontrar no compasso da música.

— Você tem noção do que está causando em mim, Ava?

— Ainda estou avaliando. — ela respondeu com humor.

— Espero que os resultados sejam favoráveis. Porque eu... estou completamente envolvido por você.

Ela sorriu. E naquele sorriso, Gabriel tinha mais certeza que Nova York tinha ganhado outro significado para ele.

O vento noturno acariciava o rosto de Ava, enquanto ela e Gabriel caminhavam lentamente pelas ruas silenciosas. O jantar havia terminado, e eles seguiam de mãos dadas, sem pressa de encerrar a noite.

— Tem muita coisa sobre mim que você ainda vai descobrir, minha linda — ele respondeu, olhando para ela com aquele brilho divertido nos olhos.

Zoe pegou uma pequena vara de madeira com marshmallows espetados e se inclinou para a frente, colocando-os próximos das chamas. O fogo iluminava seu rosto e o calor deixava seu olhar ainda mais doce.

— Isso aqui parece cena de filme, sabia? — ela disse, sorrindo para Arthur.

— Então se prepara, porque o melhor ainda está por vir.

Arthur deixou o violão de lado, pegou o celular e colocou para tocar uma música romântica. A melodia preenchia o ar com suavidade. Ele se levantou e estendeu a mão para Zoe.

— Me concede essa dança, minha futura esposa?

Zoe segurou a mão dele, sorrindo. Os dois começaram a se balanar ao som da música, seus corpos se encaixando com uma naturalidade hipnotizante. Em determinado momento, Arthur parou de dançar, segurou suavemente a nuca de Zoe e a olhou nos olhos.

— Você me enlouquece, sabia? Eu sou louco por você linda.

Zoe sorriu, enrubescida, mas antes que pudesse responder, os lábios dele tocaram os seus com intensidade. O beijo era faminto, mas cheio de ternura. Seus corpos se moviam em harmonia com a música enquanto a noite ao redor se tornava cenário de um romance arrebatador.

Depois do momento ao redor da fogueira, eles entraram na cabana. A lareira já estava acesa, dando ao quarto uma atmosfera ainda mais acolhedora. Zoe trocou de roupa, vestindo um moletom cinza felpudo. Arthur também colocou uma calça de moletom escura e uma blusa preta. Eles se acomodaram na cama, com uma tábua de frios entre eles e duas taças de vinho.

Assistiam a uma série leve, rindo juntos, trocando olhares e pequenos beijos entre um gole e outro. Quando o último episódio terminou, Arthur deixou a taça de lado, virou-se para Zoe e a beijou. Dessa vez, o beijo veio carregado de desejo.

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