A música vibrava no ambiente com intensidade, como se cada batida do som ecoasse diretamente no peito. As luzes giratórias criavam um jogo de cores sobre os corpos que se moviam ao ritmo da festa. Celina entrou acompanhada de Zoe, ainda um pouco receosa com o ambiente, mas decidida a se permitir viver aquele momento. Zoe, radiante como sempre, segurava sua mão com entusiasmo.
— Vem, vou te apresentar pro aniversariante — disse Zoe, puxando-a com energia.
O homem que as esperava perto de um grupo de amigos, era sorridente com uma presença imponente, muito bem vestido, cabelo penteado para trás, sorriso charmoso. Ao ver Zoe, abriu os braços.
— Até que enfim! — disse ele, abraçando-a. — E essa deve ser a famosa Celina!
Celina arqueou as sobrancelhas, surpresa.
— Famosa? — perguntou, rindo, claramente sem entender.
— Claro! — disse ele, com um brilho divertido no olhar. — Essa mulher aqui — apontou para Zoe — só sabe falar de você. É Celina pra cá, Celina pra lá. Já ne sinto íntimo.
Celina riu, sem graça, corando um pouco. Zoe só ria..
— Exagero. Ela inventa.
O aniversariante se aproximou e, ao cumprimentar Celina, deu-lhe um beijo no rosto, prolongando o contato mais do que o habitual. Seus olhos ficaram fixos nos dela.
— Você é ainda mais linda pessoalmente, Celina. A Zoe não exagerou em nada.
Celina ficou sem saber como reagir. Sorriu sem jeito e olhou para Zoe, buscando uma rota de fuga.
— Vamos dançar, Zoe? — disse rápido, pegando na mão da amiga antes que a situação ficasse ainda mais constrangedora.
Zoe riu alto, já sendo puxada pela amiga.
— Ihhhh, correu! — provocou, enquanto seguia Celina para o meio da pista. — Ele está super na tua, hein?
Celina revirou os olhos, já sentindo o coração acelerar por outro motivo.
— Ah, Zoe, tô fugindo de problema. Já tenho complicação demais na minha vida. E meu coração... ele já tem dono.
Zoe não respondeu. Apenas a puxou mais para o meio da pista, e logo as duas estavam dançando, cantando os refrões das músicas que explodiam pelos alto-falantes. Celina, aos poucos, se soltava. A vibração, a música, as luzes, o riso solto de Zoe — tudo contribuía para uma noite leve, quase despreocupada.
Zoe fazia stories, mostrava Celina dançando, marcava a amiga e ria das poses improvisadas que ela fazia. Elas estavam no centro da alegria da festa.
Enquanto isso, do outro lado da boate, Arthur chegava com passos firmes e postura elegante. O blazer escuro, o cabelo bem alinhado e o olhar atento chamaram atenção de alguns convidados assim que ele entrou. Cumprimentou o segurança, trocou acenos com conhecidos e, ao se aproximar da área reservada, encontrou o aniversariante.
— Parabéns, irmão. Mais um ano com estilo — disse Arthur, batendo no ombro do amigo.
— Valeu, cara! Achei que não vinha — disse o aniversariante, abraçando-o de lado e entregando-lhe um copo de whisky. — Toma, já chega bebendo.
Eles brindaram e começaram a conversar. O papo entre os dois era leve, com piadas, histórias de bastidores do trabalho e comentários sobre os convidados.
Arthur, no entanto, estava com o olhar constantemente voltado para a pista de dança. Seus olhos pararam numa mulher de óculos espelhados que dançava com uma leveza encantadora, rindo alto, se movimentando com uma alegria contagiante.
— Quem é aquela ali, de óculos? — perguntou, apontando discretamente com o copo.
— Aquela ali é a Zoe — respondeu o aniversariante, sorrindo ao vê-la. — Nos conhecemos na faculdade, ela faz contabilidade. Cara, ela é uma figura! Engraçada, espontânea, não tem vergonha de ser ela mesma. Onde Zoe tá, não tem tédio.
Arthur sorriu, balançando a cabeça. A observava com atenção. Zoe jogava o cabelo para o lado, fazia passos improvisados com as mãos pro alto, dançava com a amiga como se ninguém mais existisse. A autenticidade dela chamava atenção de forma natural, sem esforço.
— Interessante. Gosto de mulher assim, cheia de vida. Acho que vou investir nela.
— Não. Vim elogiar seu estilo. É... incomum. E muito cativante.
Zoe colocou as mãos na cintura.
— E você é quem?
— Arthur. Amigo do aniversariante. E você, a famosa Zoe, certo?
Ela estreitou os olhos.
— Se me chamou de famosa, já ganhou um ponto. Mas se vier com cantada barata, vai perder três.
Arthur riu alto.
— Combinado. Posso tentar ganhar mais dois pontos de volta se te convidar pra dançar?
— Você já tá dançando. Eu que ainda não decidi se aceito — disse Zoe, girando o corpo com uma voltinha provocativa.
Celina observava a cena e percebia o clima entre eles. Zoe fazia charme, mas havia interesse. Para não atrapalhar, aproximou-se da amiga e sussurrou:
— Tô cansada, vou descansar um pouco. Te deixo à vontade, tá?
Zoe piscou para ela.
— Vai lá. Eu te acho daqui a pouco.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR
depois que começou a cobrar ficou ruim seguir com a leitura...
Desde quando esse site cobra? Já li inúmeros livros e é a primeira vez que vejo cobrar....
Pq não abre os capítulos? Mesmo pagando?...
Eu comprei os capítulos, mas eles não abrem. Continuam bloqueados, mesmo depois de pago...
Comprei os capítulos, mas não consigo ler. Só abrem depois de 23:00 horas. Não entendi...