Nosso Passado romance Capítulo 96

Parte 4...

— Vá dormir. Eu a chamo logo cedo amanhã.

— Estou precisando mesmo. Amanhã quero o jato. Vou voltar para Aracaju e Diana vai comigo.

— Não é melhor que eu vá?

— Não. Quero que fique com as crianças. Eu volto à noite.

— E vai falar com Hugo?

— Vou falar com as pessoas certas - ergueu uma sobrancelha — Hugo pensa que vai me pegar assim?

— Pra mim foi uma decepção - ele balançou a cabeça chateado — Uma vergonha. Haroldo não aceitaria isso.

— E nem eu vou aceitar.

Eles conversaram um pouco mais sobre o estado de Mathias.

— Porque você não assume que ainda sente algo por ele?

— Porque eu não sinto.

— Está mentindo para você mesma - sorriu de leve.

— Isso não faz sentido, Felipe - ela fechou a cara.

— E porque não? Por causa de Haroldo? - a encarou com empatia — Querida, ele foi feliz com você, mas ele morreu... Você não. Tem o direito de reconstruir sua vida.

— Minha vida está boa - ela virou o rosto.

— Você me entendeu - sorriu — Agora vamos deitar. Já chega de pressão por hoje.

— Com certeza - mexeu o pescoço e os ombros — Espero que não aconteça mais nada de ruim.

— Então me ajudem - olhou para os homens sentados confortavelmente no sofá de seu escritório de casa, cada um com um copo de uísque Macallan, que é muito caro e refinado e que ela serviu para agradar seu paladar e suas mentes também — Puxem os quatro indecisos. Eu quero unanimidade

— Mas nós temos que lhe dar uma garantia, sabe como é - um dos mais antigos na diretoria respondeu — Eu sei o que seu marido fez pela empresa e não tenho nada contra você, mas Hugo tem o apoio de pelo menos três de nossos sócios e os outros estão indecisos porque desconfiam que possa haver uma disputa.

— É verdade - um deles completou — Muitas fofocas começaram a circular... Até sobre sua vida pessoal.

Ela não gostou de saber e não quis entrar em detalhes, focando apenas na parte financeira. Com eles era realmente estava segura, mas precisava ter cuidado com os outros. Estava em maioria, porém não era bom ter a liderança questionada.

Se conseguisse puxar os outros, poderia sanar os problemas que Hugo criara. Nunca antes houve tal comportamento entre os sócios da empresa. Se Haroldo estivesse vivo, com certeza daria uma lição no irmão.

Ela não era fraca, poderia fazer o mesmo. Decidiu que não voltaria para a casa da avó naquela noite. Pegaria cada minuto que pudesse para reaver sua boa influência entre a bancada de diretores.

Quando os homens se foram ela ligou para Felipe e disse que ficaria mais dois dias e que ele procurasse notícias de Mathias. Com Diana ela passou mais de duas horas ao telefone com mais associados. Algum deles logo iria contar a Hugo que ela estava de volta e em contato com eles, mas não se importava, já estava decidida.

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