Nosso Passado romance Capítulo 107

Parte 3...

— Eu... Me sinto péssima - torcia as mãos — Com tudo que aconteceu antes e agora... E ainda assim está disposta a ajudar meu irmão.

— Ele é o pai do meu filho.

— O menino se parece muito com Mathias - ela sorriu amarga — Eu peço desculpas... Por tudo. Não foi certo o que eu fiz - abaixou a cabeça — Eu fiquei com ciúmes do que você tinha com o meu irmão, porque eu queria isso com o Novaes e isso me deixou com raiva. Minha mãe não me permitia ficar com ele.

— Isso não lhe dá o direito de jogar sua frustração em cima de outra pessoa, uma garota inocente de dezesseis anos, que não sabia de nada sobre a vida - ela respondeu calma, porém seca e direta — O que me fez teve consequências péssimas.

— Espero que possa me perdoar, assim como perdoou meu irmão.

— Eu só perdoei seu irmão porque entendi meus erros em nossa relação. Éramos outras pessoas - a olhou devagar de baixo para cima — Você continua a mesma pelo que sei.

Anelise virou as costas e foi procurar a cozinha onde estavam os filhos. Os encontrou animados conversando com Denise e Ludimila.

— Olha, “mami” - Bianca mostrou a fatia de bolo no pratinho — Foi ela quem fez - apontou para Denise.

— Está bem gostoso - Alan disse cortando a fatia.

— Hum, que bom - ela sorriu — E já agradeceram?

— Já sim - Denise respondeu — São crianças muito educadas - sorriu.

Anelise também sorriu, contente por ter feito o certo na educação de seus filhos.

Luiza entrou na cozinha e parou ao ver as crianças, Levou a mão à boca, emocionada de ver Alan.

— Meu Deus... É como ver a cópia de Mathias nessa idade - tocou o peito — É impressionante - sorriu meneando a cabeça — Eu agradeço muito - olhou para Anelise.

— Alan - o filho olhou para ela — Esta é a mãe do Mathias. Lembra-se do que eu disse? - ele fez que sim.

— Oi. Você é minha avó - ele afirmou.

Luiza puxou o ar, emocionada com a afirmação e seu peito doeu pelo passado.

— Sou sim, querido - ela se aproximou dele, relutante — E esta fofinha aqui, quem é? - perguntou segurando a emoção.

— É a minha irmã, Bianca. Mas você não é avó dela, não.

Luiza riu e se abaixou entre eles.

— Mas eu posso ser sua avó de consideração, se quiser - ela olhou para Anelise.

— E o que é isso? - Bianca perguntou.

— Que eu posso ser sua avó, se você quiser - tocou o rostinho dela suavemente.

— Tá - ela sorriu mordendo o bolo — Eu quero.

Luiza deixou as lágrimas virem. Deu um beijo em Bianca e outro am Alan, o apertando nos braços. Anelise apresentou Ludimila e depois saíram em direção ao quarto de Mathias.

— Ele parece ser um menino muito bom - Luiza secou as lágrimas com a costa da mão.

— E ele é mesmo. Tenho muito orgulho dos meus filhos.

— Que bom, isso é muito bom mesmo.

— E como está Mathias?

— Se quiser, nós podemos ir embora - ela segurou o riso.

— Não!

— Então, que tal melhorar seu humor? Está em casa, na sua cama e com a sua família - ele torceu o nariz — Se for menos ingrato, pode aproveitar mais.

— Eu não sou ingrato - reclamou.

— É sim - ela sentou no colchão — Além de ser estúpido e mal educado.

— O que?

— Comece a falar com calma - ela levantou o dedo — Ou levarei os meus filhos embora. Não quero que o Alan pense que o pai dele é um idiota.

— Então... Você contou mesmo a ele? - quase derrubou o copo com suco.

— Eu cumpro minhas promessas, Mathias.

— Quero vê-lo.

— Daqui a pouco. Antes quero saber como se sente.

Eles conversaram um pouco, para relaxar Mathias que estava ansioso em ver o filho. Depois Luiza foi buscar os dois na cozinha. Alan entrou trazendo Bianca pela mão. Anelise fez sinal para que se aproximasse.

— Eu posso sentar na sua cama? - ele parou ao lado da cama, encarando o pai com curiosidade.

— Pode sim - Mathias disse o encarando, os olhos brilhando.

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