A pena quebrou, mas ela a consertaria e voltaria a ser uma boa caneta.
Só que agora não poderia mais dar a Nuno. Ela jamais poderia imaginar que ele era o Chefe do Pavilhão de Tesouros.
Lembrando-se daquele dia, ela ainda sentia um aperto no peito.
Ela passou o dia no escritório mexendo com sua caneta, tentando acalmar suas emoções turbulentas e pensar em como recuperar suas coisas das mãos de Sílvio, sem perceber o tempo passar.
Até que Ana veio procurá-la, e só então ela se lembrou de aniversário.
Não se podia negar, o profissionalismo fazia a diferença. Em tão pouco tempo, a casa já estava decorada com um ambiente festivo, balões e flores estavam por toda parte, e até na mesa havia velas em forma de coração.
Ana perguntou com cuidado: “Senhora, o quarto precisa ser decorado?”
Antigamente, era costume decorá-lo, pois ela se considerava o presente, e o quarto, a grande caixa onde o presente era colocado.
Agora, pensando bem, ela sentia vergonha só de imaginar.
“Não precisa, pode retirar essas velas também.”
...
Fausto estava voltando para casa às 19h.
Ao chegar, encontrou a casa iluminada e decorada festivamente.
Ao vê-lo, um empregado vestido com um colete vermelho-vivo, segurando um bastão luminoso, e até seu filho, vestido de pequeno cupido, desejaram-lhe um feliz aniversário.
Ele segurou Kléber, que tentava lhe fazer uma reverência, com um canto do olho tremendo intensamente.
Seria que Paloma havia entendido errado?
O que ele queria era alegria sincera, não formalidades.
Como nos velhos tempos.
Acenou para que todos se retirassem e foi para a sala de jantar.
Paloma estava colocando na mesa um grande bolo colorido de aniversário, ao vê-lo, sorriu e disse, "Feliz Aniversário."
Ele afrouxou a gravata, “Cante-me uma canção de aniversário.”
Paloma: ...
“Vamos jantar primeiro.”
Fausto sentou-se sem expressão, olhando fixamente para ela.
Na noite anterior, ele a havia olhado da mesma maneira, antes de pressioná-la contra a porta do banheiro e beijá-la impetuosamente.
Os dedos de Paloma se contorciam, tentando agarrar algo, mas a superfície lisa da mesa de mármore apenas machucava seus dedos.
Ele olhou para suas mãos com o cenho franzido, “Tão desobediente, parece que vou ter que te amarrar.”
Dizendo isso, ele retirou a gravata do pescoço.
Ele amarrou de uma maneira muito particular, eficiente e segura, deixando Paloma incapaz de se libertar.
Ele deu um passo para trás para admirar, o preto destacando-se contra sua pele branca de uma maneira... erótica.
Paloma pensou que ele tinha enlouquecido!
Era a sala de jantar, a qualquer momento a criança ou os empregados poderiam entrar e vê-los assim, o que eles fariam?
Ela tentou empurrar-se usando a mesa, mas ele pegou seus tornozelos.
Seus chinelos haviam caído quando ele a levantou, e ele acariciava seus pés, um sorriso maligno em seus lábios.
Com um clique metálico claro, ele puxou seu cinto, amarrando-a pelas pernas.
“Fausto, me solte agora, se alguém nos ver, que figura faremos?” Paloma sussurrou, quase chorando.
“Fique tranquila, ninguém ousará entrar. Agora, vamos continuar com o bolo, onde mais devo passar?”
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...