Ela olhou para ele de soslaio, "Não acha que desta vez somos nós, pai e filha, que estamos encenando um plano doloroso?"
Fausto ficou sem palavras por um momento, logo soltou uma risada fria, "Qual a diferença entre tomar a iniciativa e ser passivo? O resultado é o mesmo."
Sim, o resultado seria o mesmo, então ela só merecia ser uma peça no jogo, não digna de simpatia.
Seu coração de repente ficou tão quente quanto o caldo de Hot Pot fervente.
Naquela noite, a dona da Baía das Esmeraldas, que havia desaparecido por vários dias, voltou, só que parecia estar em desarmonia com o anfitrião da casa, e todos os empregados da mansão mantiveram-se silenciosos, e até mesmo Kléber não ousou fazer barulho.
Paloma dormiu sozinha no quarto principal, e Fausto, não se sabia se por raiva ou por outro motivo, não veio incomodar.
No dia seguinte, Paloma foi à empresa da família Lemos.
Sílvio sentou-se em uma cadeira de braços feita de mogno escuro, brincando com um peso de papel de leão de jade branco, calmo e composto.
"Paloma, sente-se, experimente o café que acabei de comprar."
Paloma olhou friamente para ele, "Sílvio, pare de fingir, o que mais você tem na manga? Mostre."
"Como esperado de minha filha, inteligente. Você adivinhou que Célia era apenas um aperitivo que preparei para você, olha, vou te mostrar isso."
Dizendo isso, ele jogou uma foto.
Os olhos de Paloma se contraíram violentamente e ela rapidamente rasgou a foto em pedaços.
Sílvio riu malevolamente, "Não adianta você rasgar, tenho muitas cópias aqui."
Paloma avançou e agarrou sua gola, "Essas não deveriam ter sido destruídas? Você prometeu que, desde que eu me casasse com Fausto, você destruiria tudo, por que não cumpriu sua palavra?"
No início, Paloma, ao saber que Fausto tinha uma namorada, mesmo gostando dele, não queria arruinar o relacionamento deles. Foi ele quem a forçou a se casar na família Coelho com esses materiais, o que levou à situação sombria de hoje.
Sílvio a empurrou, "Isso se chama estratégia. A foto ser destruída era verdade, e manter cópias também era verdade, mas olhando agora, a minha decisão naquela época foi muito sábia. Teresa, está meio enterrada, tudo bem, mas seus filhos são lamentáveis, você realmente precisa pensar cuidadosamente."
Paloma, não importando se ele era seu pai biológico, queria matá-lo.
Ouvindo o som do vento atrás de sua cabeça, ele ficou tão assustado que caiu de bruços na mesa.
O peso de papel caiu das mãos de Paloma e quebrou em duas partes no chão.
A paisagem lá em cima era linda, as ruas lá embaixo eram pequenas, e ela se sentia como se tivesse transcendido o mundano.
Ela abriu os braços--
De repente, sua cintura foi fortemente abraçada, e a voz de um homem, rangendo os dentes, soou em seu ouvido, "Paloma, desta vez você está tentando me pressionar com a ideia de morte?"
Paloma virou-se e viu que era Fausto.
"Como você veio aqui?"
"Foi seu pai, ele me disse que você poderia estar desesperada."
Paloma fechou os olhos. Sílvio realmente a conhecia bem.
Por um momento, ela se sentiu completamente desolada e perguntou baixinho: "Então, Sr. Coelho, por favor, qual seria a maneira de fazer você conceder metade do direito de construção do museu à família Lemos?"
"Metade do museu? Sílvio tem um desejo e tanto, mas Sra. Coelho, você realmente acha que vale tanto assim?"
Paloma estava confusa; ela até se sentia um pouco atordoada. "E se eu acrescentasse uma criança, o bebê que estou esperando?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...