Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor romance Capítulo 71

Um apartamento de 50 metros quadrados, Fausto podia ver tudo de uma só vez.

Na sala, que parecia ainda menor devido ao seu modesto tamanho, Paloma e Nuno estavam sentados juntos em uma mesa de centro, com ele adicionando miúdos de boi ao prato dela.

Naquele momento, ele não conseguia descrever seus sentimentos.

Se no dia do seu aniversário ele ainda conseguia reprimir o ímpeto de matar, agora ele queria afogar Nuno naquele caldo.

A carne no talher de Paloma caiu dentro da tigela com um plop, mas ela rapidamente recuperou a calma.

Fausto afastou Célia, cujo corpo parecia congelado, e avançou decidido.

Ele era tão alto que o apartamento de 50 metros quadrados parecia ainda mais apertado, a atmosfera congelou, com apenas o som borbulhante do caldo ecoando.

Paloma se levantou, "Você queria falar comigo? Vamos lá fora."

Fausto olhou ao redor da sala, e então, sob o olhar temeroso de Célia, saiu primeiro.

Paloma pegou seu celular, "Não esperem por mim."

Nuno se levantou, "Vou explicar para ele."

"Explicar o quê? Fizemos algo contra a moral ou a lei? Não precisa, ele não vai me fazer nada, come mais um pouco."

Ela disse isso e fechou a porta delicadamente atrás de si.

Nuno mal conseguia comer, pegou uma lata de refrigerante e deu um grande gole.

Lá fora, sob o poste de luz, o homem fumava, seu rosto marcante escondido pela fumaça, impossível de se ler sua expressão.

Mas Paloma não estava mais com medo.

Ela disse calmamente: "Agora tenho tempo livre, vamos marcar outra hora para o divórcio."

"Por que você não veio falar comigo sobre isso?"

Diante do questionamento dele, Paloma sorriu.

"Fausto, você já esperou por alguém por muito tempo?"

Ele franziu a testa, olhando para ela de maneira complicada.

Quem era Nuno? Um professor universitário, um jovem promissor, as pessoas que o perseguiam, como Célia diria, poderiam dar uma volta completa na Universidade Capital.

E ela? Uma mulher grávida e abandonada, ele viu todo o seu desamparo e miséria, só um louco se interessaria por ela, certo?

Se Nuno realmente tivesse segundas intenções, talvez fosse por suas habilidades culinárias.

Mas ela não podia dizer isso a Fausto, ele não entenderia.

"Você decide quando vamos nos divorciar, eu com certeza estarei lá."

Fausto, frustrado, bateu na buzina, e em meio ao barulho, disse: "Melhor pensar em como vai lidar com seu pai, não me diga que você não sabe quem está por trás disso."

Paloma pensou, agradecida a ele, foi só mencionar o divórcio e parar a cooperação com a família Lemos que Sílvio começou a agir para alertá-la.

Nesses dias fora, ela aprendeu muito e adquiriu muita experiência.

Não era de se admirar que todos a desprezassem, uma mulher que ficava muito tempo em casa, de fato, se desvincularia da sociedade.

Ao ver que Paloma não falava, ele estendeu a mão e segurou sua mãozinha fria, "Precisa da minha ajuda? Posso ir adverti-lo."

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