"Agora?" Paloma olhou para o sol lá fora.
O homem tinha falado sem pensar e, ao perceber o erro, agiu com pretensão e não quis se retratar. "Um pouco de sol para absorver cálcio. Olha só para você, tão pálida quanto um fantasma."
Paloma olhou para ele.
Será que ele era tão venenoso assim quando se tratava de Helena?
"Que cara é essa?"
Paloma, querendo evitar mais confusões, apressou-se a ajudá-lo, dizendo, "Vamos."
Ele estava originalmente enojado, sentindo que não podia cuidar de si mesmo dessa maneira, mas se apoiou no corpo macio dela, sentiu a leve fragrância de seu corpo, seu humor melhorou consideravelmente.
Subitamente, ele percebeu que, independentemente de como havia tratado ela antes, os momentos que passavam juntos naquela casa eram os mais relaxantes dos últimos três anos.
Agora que estavam envolvidos, Fausto pensou consigo mesmo que não se importaria de ser um verdadeiro marido para ela.
Ele não pôde deixar de pegar a mão em seu braço.
Paloma se debateu, mas não se afastou e a deixou em paz.
Fausto esboçou um sorriso.
Se a vida pudesse continuar assim, talvez não fosse tão ruim.
Ele sabia que ela ainda estava desconfortável, mas acreditava que um dia ela o aceitaria de bom grado.
...
O tempo passava, e a saúde de Fausto melhorava. Seu aniversário também estava se aproximando.
Este ano ele completaria 28 anos, e João mencionou que era uma idade auspiciosa. Com o retorno de Helena, eles planejavam uma grande celebração.
Paloma estava por perto enquanto discutiam.
Fausto perguntou a ela, "Você tem alguma boa ideia?"
Paloma balança a cabeça.
Ele lembrou-se das surpresas que ela preparava todos os anos e sorriu, "Não quer comemorar com eles? Então celebre apenas comigo."
Mas Paloma já tinha planos de jantar com Nuno no dia 17.
"Não estarei disponível. Divirtam-se."
Fausto não acredita nela, ela está um pouco distante dele ultimamente, mas está cuidando bem dele, assim como fazia quando o divórcio não estava acontecendo.
Em um raro momento de bondade, ele deixou Paloma ir embora.
Paloma pegou um táxi para a entrada dos fundos da Plataforma do Pássaro, onde, ao invés de Célia, encontrou Nuno esperando por ela.
"Prof. Aleixo, por que você está aqui? Cadê a Célia?"
"Célia, sendo uma moça, não seria conveniente esperar aqui sozinha. Pedi que ela voltasse, e eu a levo."
Paloma ainda estava confusa, "Como você sabia?"
"Célia conhece alguém que me conhece, e eu conheço o dono deste lugar."
Estou vendo, mas esse Prof. Aleixo tem muito poder.
Paloma sentiu-se envergonhada por dever mais um favor ao Prof. Aleixo.
Eles foram recebidos por um gerente de segurança, que os levou a uma sala secreta.
Ali, todas as câmeras de segurança estavam lacradas, para o caso de os hóspedes terem algum problema com a Plataforma do Pássaro.
As gravações não mostravam nada de especial, apenas Fausto saindo e voltando pelo corredor. Embora fosse difícil ver sua expressão, o momento em que ele chutou a porta tocou Paloma.
De repente, Nuno pediu para parar a gravação, apontando para a tela congelada, "Você notou algo aqui?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...