Paloma ficou chocada e, com um breve "desculpe", virou-se e saiu do quarto do hospital.
Helena gritou atrás dela: "Srta. Lemos, não é o que você está pensando, eu posso explicar."
Paloma não deu ouvidos e caminhou para fora do hospital em um único fôlego, com medo de que, se diminuísse a velocidade, o constrangimento sufocante a alcançaria.
Enquanto esperava o carro, ela olhou para a sombra solitária no chão e limpou gentilmente as lágrimas dos olhos.
Não se importava com as provocações de Helena, mas se importava por ainda se sentir afetada por elas.
Ela pensou que ele arriscar a vida para salvá-la significava que a amava, mas agora entendia que era só porque ela era a Sra. Coelho.
Ao vê-la chegar em casa sozinha, Ana ficou surpresa, "E o senhor? Está tudo bem com ele?"
Paloma respondeu que ele estava no hospital e foi para o quarto.
Ela se deitou na cama, olhando para o teto, imaginando quanto tempo mais teria de viver assim.
De repente, houve uma comoção do lado de fora e ela ouviu Ana exclamar: "Senhora, venha rápido, o senhor voltou."
Paloma franziu a testa, para que ele voltou? Não estava no hospital com Helena, curtindo a companhia um do outro?
Virou-se na cama e cobriu os ouvidos com o travesseiro.
Mas logo depois, ouviu batidas na porta.
Relutantemente, ela se levantou e ao abrir a porta, viu Valdir apoiando Fausto.
O homem estava de cabeça baixa e não dava para ver sua expressão, mas parecia estar sofrendo.
Valdir deu um sorriso resignado, "Ele fez questão de voltar para procurá-la, então eu só tive que trazê-lo de volta para você."
Por que ele a procuraria? Helena não cuidaria melhor dele?
Mas Paloma não podia dizer nada na frente das pessoas de fora e o levou para seu quarto.
Valdir disse depois dele: "Fique de olho nele à noite, ele pode ter febre."
Voltar para casa com febre, só para ela não ter paz.
De volta ao quarto, ela estava irritada e mal falou com ele.
Fausto não disse uma palavra desde que chegou, comportando-se de modo atípico.
Paloma também permaneceu em silêncio, deitando-se no sofá do lado de fora.
De madrugada, Fausto realmente teve febre.
Paloma perguntou sobre Nuno, ela ainda não tinha entregado o presente dele.
"O aniversário do Prof. Aleixo é em alguns dias, vou te enviar os detalhes, daí a gente marca com ele."
Isso seria bom, poderia retribuir o favor e ainda abrir caminho para Célia.
Era um pouco materialista pensar assim: Nuno a ajudou sem esperar nada em troca, e ela estava tentando conseguir uma posição para sua irmã como sua aluna de pós-graduação.
A porta se abriu de repente, e a alta figura de Fausto estava lá, "Sra. Coelho, falando com quem, que precisa se esconder?"
O homem que estava morto ontem à noite está vivo e bem hoje.
E o mais importante, ele não parecia envergonhado, como se os eventos no hospital não tivessem acontecido.
Paloma não pôde ficar irritada, "Minha irmã, Célia, você já a conheceu."
Ele não disse mais nada, apenas se encostou na porta observando o pincel que ela brincava enquanto falava ao telefone.
Ela estava tentando encontrar uma desculpa para lhe dar o pincel?
"O que você quer de mim?" Ela escondeu o pincel atrás de si e perguntou.
O homem se divertiu com o comportamento infantil dela: "Eu gostaria de convidá-la para dar uma volta no jardim, você tem tempo?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...