João expressou indignação, "Ontem à noite, aquele homem chamado Preta, um engenheiro, estava trabalhando na empresa da família Lemos."
"As pessoas da família Lemos? Não pode ser! Você deve ter se enganado. Se fossem pessoas da família Lemos, por que eles iriam atacar a Paloma?" Helena exclamou, surpresa.
João deu um sorriso irônico, "E se o alvo dele não fosse a Paloma, mas outra pessoa?"
Helena permaneceu confusa, "Outra pessoa? Quem?"
João a cutucou na testa: "Claro que é você, bobinha, você é simples demais".
"Eu?" Helena apontou para o próprio nariz, "Não pode ser. Eu já disse à Paloma que não tinha nada com o Fausto, e também me mudei da Baía das Esmeraldas. Por que ela iria querer me prejudicar?"
"Não pense que as pessoas são tão legais, os Lemos são uma família com um coração negro. Com você por perto, a posição da Sra. Coelho como Paloma fica ameaçada, então é claro que ela queria te eliminar."
Os olhos de Fausto estavam baixos, pensando profundamente, e Bruno, ao lado dele, sussurrou baixinho: "É possível que o Sílvio tenha feito isso sozinho, sem a senhora saber? Senão, ela não teria sido..."
João riu ironicamente, "Isso é porque o corredor estava muito escuro, e a roupa que ela usava ontem à noite era muito parecida com a da Helena."
Helena ainda estava tendo dificuldade em aceitar, "Não pode ser, isso é inacreditável".
João olhou para Fausto, "Pergunte ao Fausto, o que eles pai e filha não fizeram ainda? O casamento também foi um jogando o jogo do bom e do mau, senão por que o Fausto teria concordado?"
"João, chega." Fausto o impediu.
Ele havia sentido o desespero de Paloma na noite passada, e não era uma encenação. Provavelmente, a família Lemos estava usando Paloma como um peão.
Lembrando-se de quando ela foi humilhada por Juliana na família Lemos, ele disse a Bruno, "Aquele cara, quebre-lhe as mãos e pés e mande-o para Triple Fronteira. Não deixe que ele veja a Paloma novamente, e nem mencione isso a ela. Entendido?"
Paloma, que estava prestes a abrir a porta, ouviu apenas esta frase.
Ela retirou a mão da porta, imersa em pensamentos.
A pessoa da noite anterior, não era o homem que a forçou? Ela era a vítima, por que não podia saber? O que ele estava escondendo dela?
Naquele momento, ela ouviu Helena dizer novamente: "É melhor assim, afinal ela não foi ferida, vamos deixar para lá."
As veias da mão de Paloma saltaram.
Ela queria sair e perguntar, o que significa não ter sido ferida, e simplesmente deixar para lá?
Ao vê-los chegar em casa, o mais feliz foi Kléber, que curioso observava o ferimento de Fausto, perguntando se doía.
Fausto acariciou sua cabeça, "Não dói, eu sou tão corajoso quanto você, Kléber."
Kléber estendeu a mão enfaixada, um orgulho brilhando em seu rosto.
Paloma, carregando frutas, viu a cena de pai e filho juntos, sentindo um aperto no coração.
Ana ainda comentou: "A relação entre o senhor e o pequeno senhor é realmente admirável, e é raro que um homem tão sério como o senhor possa ser tão paciente com uma criança."
Paloma estendeu a bandeja de frutas para ela, "Você pode levar para dentro."
Apesar de Fausto ter claramente visto Paloma na porta, apenas Ana entrou, o que o fez questionar com certa insatisfação: "E a senhora, onde está?"
"Ela voltou para o quarto."
Ele se mostrou um pouco contrariado, talvez a imagem dela sendo maltratada fosse demasiado intensa, e agora ele desejava que ela estivesse sempre ao alcance de seus olhos.
Mas essa mulher tinha o dom de fugir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Não Culpe Minha Partida, Sem Sentir Seu Amor
Nossa que chato, pq não excluem esse sem final!!...
Não terá mais atualização??...