Minha Morte!Sua Loucura! romance Capítulo 754

"Não bato, vocês dois que lutem." Eu resmunguei com desdém.

Quanto mais pensava, mais irritado ficava, me levantando para encarar Nuno. "Seu solteirão, se não tem quem te acompanhe na cama, por que não vai sonhar sozinho?"

Nuno revirou os olhos, me desafiando com o olhar. "De jeito nenhum, eu quero ficar com vocês, vou me grudar em vocês, haha..."

Quase engasguei de surpresa, e meu corpo se tensionou levemente.

Era uma cena familiar, como quando éramos crianças... sempre brigando e provocando ciúmes um no outro, sentindo que o terceiro era um intruso.

"Infantil, chato..." murmurei baixinho, mas acabei me sentando. "Vou embaralhar as cartas."

Nuno, todo alegre, se sentou conosco, e os três de nós jogamos truco na cama.

Não sei por quanto tempo jogamos, até que alguém do laboratório veio trazer a comida, e o pequeno refeitório estava cheio de delícias e frutas, como um buffet.

Era luxo demais para nós três.

"Parece até a última ceia..." Nuno disse com seu jeito de agourar.

Eu gelei por um momento, sabendo que as pessoas da organização genética estavam começando a agir.

Afinal, eles haviam alcançado seu objetivo, e nosso relacionamento tinha, de fato, melhorado nesse tempo.

Além disso, Quésia também estava nos observando, tentando descobrir se eu e Nuno éramos realmente Robson e Luna reencarnados.

Eles temiam que a tal reencarnação fosse apenas uma farsa de Robson.

"Melhor aproveitar sua comida, tenho medo que esta seja sua última refeição." Eu provoquei Nuno, arqueando uma sobrancelha.

Nuno xingou enquanto comia, tentando conservar energia. "Robson, você não vai ficar aí parado enquanto eles me matam, né?"

"Você sabe se cuidar..." Robson confiava na capacidade de Nuno de se proteger.

"Se eu me proteger, vocês dois perdem o valor." Nuno apoiou-se na mesa, olhando para mim e Robson.

"Não importa, você decide." Robson deu a Nuno a liberdade de escolha.

Nuno ficou quieto, mas conseguiu fazer uma refeição tranquila.

Ela comeu alguns bocados, colocou os talheres de lado e se levantou. "Vamos, vou mostrar a vocês a sede da organização genética na América Latina."

Robson, sentado em sua cadeira de rodas, segurou minha mão, e Nuno ficou encarregado de empurrá-lo.

Ao sair do labirinto preparado por Quésia, nos deparamos com uma vasta extensão de janelas de vidro, e lá fora, glaciares e o mar...

Realmente, mesmo que conseguíssemos escapar deste lugar, seria em vão.

Respirei fundo, olhando para baixo, na direção de Robson.

Ele me deu um leve aceno com a cabeça.

Escapar não parecia uma opção viável.

Quésia nos levou nesse tour para nos mostrar que não deveríamos alimentar esperanças de fuga.

Afinal, naquela sede, até mesmo uma mosca teria dificuldades para sair.

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