Almira se molhou na chuva e, depois da meia-noite, sentia a ferida em suas costas já começando a doer levemente, enquanto uns suores frios brotavam de sua testa, deixando seu rosto pálido como se tivesse sido drenado de sangue num instante.
"Eliano, estou com dor!"
Na escuridão, ela cuidadosamente encontrou a mão do homem e a segurou firmemente em sua própria palma, sua voz transbordando de mágoa.
Quase imediatamente após ela terminar de falar, a luz do lustre do quarto brilhou em seu rosto, fazendo-a piscar por causa do brilho repentino e encostar seu rosto na mão dele.
Com a voz rouca, ela disse: "Eliano, acho que estou morrendo."
Desde que a família Coelho faliu, ela sentia que viver tinha se tornado um fardo. Às vezes, pensava que seria mais fácil simplesmente morrer, mas ela não tinha coragem para tal.
Ela tinha apenas vinte anos, no auge da juventude, o melhor momento da vida de uma mulher. Morrer? Isso só em sonhos!
Mas na frente de Eliano, na frente deste homem que conhecia todas as suas mágoas enquanto jazia na cama, ela não conseguia evitar querer fazer um pouco de drama.
Eliano franziu a testa, seus olhos escuros mostrando uma seriedade fria, e com uma voz grave disse: "Você não vai morrer."
"Mas estou com muita dor."
Sua voz preguiçosa carregava um leve tom manhoso, que atingiu Eliano como se uma flecha o tivesse perfurado, fazendo-o segurar a mão dela e dizer: "Você se machucou no banho, por que não trocou o curativo?"
Então Eliano puxou o cobertor dela, prestes a remover seu roupão, quando ouviu a voz abafada de Almira vinda debaixo dos cobertores: "Não consigo alcançar para trocar."
Mas pedir ativamente para um homem ver sua ferida nas costas e aplicar remédio era algo que ela não conseguia expressar!
Embora sentisse um pouco de ressentimento e melancolia, Almira falou baixinho: "Alguém estava com ciúmes da minha beleza e inteligência, então decidiu descontar em mim. Mas não é nada demais, afinal, quanto mais bela a mulher, mais forte é a inveja. Eu entendo isso."
"Mas também não sou do tipo que aguenta ser humilhada facilmente. Aquelas pessoas já foram afugentadas por mim."
Ao dizer isso, parecia que a dor havia desaparecido, e seu rosto estava radiante de novo.
Eliano não pôde evitar um sorriso irônico, surpreso com quão descarada ela poderia ser, e como, de repente, não parecia ser problema dele.
Depois de tanto falar, ela estava sendo perseguida por sua beleza, e ainda assim, ela parecia entender completamente.
Eliano sentiu que talvez realmente houvesse um abismo geracional entre eles. Seria que dez anos de diferença poderiam realmente significar uma distância tão grande em seus pensamentos?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa
Não tem final que decepção....nota 0 (zero)...
História prolongada desnecessariamente,,,,acabando com o prazer do leitor e até do próprio autor,lamentável!!!!...
Nossa eu gostaria muito que liberasse os capítulos. A história é boa, mas não postaram nenhum novo capítulo 😢...
Acabou há história será?...
Nunca mais atualizou que triste...
Solta mais capítulo...