Mimo Extremo: A História Desenvolvendo a Esposa romance Capítulo 68

"Agora, qualquer um pode me intimidar, e eu nem sei quem é o canalha que faz isso."

"Eliano, você está em uma idade em que eu poderia chamá-lo de tio, ainda tenho que cuidar de você? É uma vergonha para você, não é?"

"Eliano, estou tão cansada, estar doente é realmente horrível, mas por que quero chorar tanto?"

Sua voz diminuiu em soluços abafados, misturados com as lágrimas contidas da menina.

Mesmo na frente do marido em estado vegetativo, ela não queria que ele a visse chorando.

Almira, que costumava ser tão orgulhosa, agora se sentia humilhada e desamparada.

Ela temia ser intimidada, temia que as pessoas se aproveitassem dela, e temia ainda mais que um dia não pudesse mais se proteger.

Orfã, ela era como uma alga flutuante no mar, e a família Carvalho lhe deu um pedaço de madeira para impedir que continuasse à deriva, mas esse pedaço de madeira era pequeno demais, fraco demais, incapaz de resistir às tempestades.

E com o frágil laço matrimonial com a família Carvalho, ela sabia que poderia desaparecer a qualquer momento, e então, para onde ela iria derivar? Será que seria engolida pelo mar?

"Eliano, estou com medo, por favor, acorde. Se você acordar, alguém estará segurando minha mão, alguém estará me protegendo."

"A mãe disse que você nos protegeria, se você acordasse, eu não teria que me machucar, não teria mais que temer ser intimidada."

"Eliano, você vai cuidar de mim, me proteger? Eliano, por favor, acorde!"

A voz fraca, por fim, tornou-se inaudível.

Na quietude da noite, Almira, sem perceber, abraçou o braço do homem, como se isso pudesse lhe dar algum conforto.

Ela sentiu um toque suave e refrescante em suas costas, dedos cuidadosos tratando de seus ferimentos.

"Eliano, é você? Você está acordado!"

A mulher embaixo dele, deitada na cama, parecia um gatinho ferido, dócil e pitoresco, com uma voz fraca e rouca.

O homem na cama hesitou, seus dedos, ainda manchados de pomada, pararam no ar, e ele pressionou seus lábios finos juntos antes de responder suavemente: "Sim".

Almira sorriu, seu rosto pálido brilhando com um rubor, sorrindo lindamente de uma forma confusa e desoladora: "Como pode ser isso? Como você pode ter acordado? Eu devo estar sonhando."

Após dizer isso, ela apertou as mãos que segurava e murmurou: "Ainda bem que você está aqui, até nos meus sonhos posso te ver, Eliano, seus olhos são tão bonitos, exatamente como eu imaginava, brilhando como as estrelas no céu!"

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